Vamos mostrar em O Sul em Cima dessa edição, músicas do álbum Clássicos do Sul de Kleiton & Kledir.
KLEITON & KLEDIR começaram a estudar música muito cedo e, nos anos 70, lançaram com mais três amigos a banda “Almôndegas”, que foi um marco na história da música do Rio Grande do Sul. Foram quatro discos, uma infinidade de shows e a mudança para o Rio de Janeiro. Quando o grupo se dissolveu, os irmãos decidiram prosseguir a carreira em dupla. Em 1980 saiu o primeiro disco da dupla. O sucesso foi imediato e os shows arrastavam um público enorme por todo o Brasil. Lançaram vários discos (inclusive um em espanhol) o que lhes rendeu disco de ouro e shows nos Estados Unidos, Europa e América Latina. Gravaram em Los Angeles, Nova Iorque, Lisboa, Paris, Miami e Buenos Aires. Suas composições foram gravadas por Simone, Nara Leão, MPB4, Caetano Veloso, Xuxa, Fafá de Belém, Nenhum de Nós, Zizi Possi, Ivan Lins, Chitãozinho e Xororó, Zezé di Camargo e Luciano, Leonardo, Belchior, Emílio Santiago, Cláudia Leitte e muitos outros. Também pelo mundo afora suas músicas ganharam versões de grandes artistas, como os argentinos Mercedes Sosa e Fito Páez, a cantora portuguesa Eugénia Melo e Castro e a japonesa Chie.
Kleiton & Kledir trouxeram definitivamente para a cultura brasileira a nova música gaúcha. Eternizaram um sotaque diferente, uma maneira própria de falar e cantar, com termos até então desconhecidos como “deu pra ti” e “tri legal”. Segundo um crítico da época, parecia “uma dupla de ingleses, cantando numa língua que lembra o português”. Acabaram se transformando em símbolos do gaúcho contemporâneo, do homem moderno do sul do Brasil, o que fez com que o governo do estado lhes conferisse o título de “Embaixadores Culturais do Rio Grande do Sul”
Vamos mostrar neste programa O SUL EM CIMA, as músicas do disco CLÁSSICOS DO SUL, lançado em 1999. Uma produção Universal Music, dirigida por Marco Mazzola, com direção e concepção musical de Kleiton & Kledir. Programações e concepção rítmica de Ramiro Musotto e K&K.
As músicas apresentadas são: Pára Pedro (José Mendes/José Portella Delavy), Nuvem Passageira (Hermes Aquino – participação de Bakithi Kumalo), Balaio (Folclore), Haragana (Quico Castro Neves), Gaúcho de Passo Fundo e Coração de Luto (Teixeirinha), Negrinho do Pastoreio (Barbosa Lessa), Trova (Kleiton & Kledir), Pezinho (Folclore), Felicidade (Lupicínio Rodrigues), Carreta de Quitanda, Prenda Minha e Boi Barroso (Folclore), Gauchinha Bem-Querer (Tito Madi).
Vamos mostrar nessa edição de O Sul em Cima, os trabalhos de Edu Lobo, Mauro Senise e Romero Lubambo , Izza , Cau Karam e Monica Tomasi
EDU LOBO, MAURO SENISE e ROMERO LUBAMBO – Um dos maiores compositores brasileiros surgidos na genial geração que despontou nos anos 1960, impulsionada pela era dos festivais, Edu Lobo dá outro mergulho na própria obra em Quase Memória, álbum assinado pelo artista com o violonista Romero Lubambo e com o saxofonista Mauro Senise.
Após “Todo Sentimento” e “Dos Navegantes”, o CD Quase Memória lançado pela Biscoito Fino em 2019, completa a trilogia de Edu Lobo, Romero Lubambo e Mauro Senise. Dividindo protagonismos, arranjos e idéias, os três se qualificam como a trinca de ases de ouro da música brasileira.
O álbum conta também com as participações especiais de Anat Cohen (clarineta), Bruno Aguilar (contrabaixo), Cristovão Bastos (piano), Jurim Moreira (bateria) e Kiko Horta (acordeom).
Músicas:
01 – Terra do Nunca – Edu Lobo e Paulo César Pinheiro // 02 – Peregrina – Edu Lobo e Paulo César Pinheiro // 03 – Canudos – Edu Lobo / Cacaso
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IZZA é cantora e compositora. Natural de Fortaleza (CE) e radicada em Belo Horizonte há mais de dez anos, a artista estabelece diálogo sensível entre a MPB e a música indie. Sua voz marcante mistura delicadeza e intensidade através de domínio da técnica e emoção. Com formação no teatro e na música, Izza consegue levar para suas canções e apresentações a expressividade que aproxima o público, explorando o melhor de cada linguagem artística.
“Cosmópolis” (2017), EP de lançamento de sua carreira solo, é seu trabalho mais autoral, íntimo e pessoal, trazendo referências contemporâneas que sempre permearam a criação da artista. O trabalhou já ganhou os palcos de festivais importantes tais como o Sonora – Festival Internacional de Compositoras e o Música Itinerante. Também circulou por diversas capitais, tais como Recife, Fortaleza e São Paulo e cidades no interior do estado de Minas Gerais, tais como Congonhas, São Gonçalo, Itabira e Pará de Minas. Nesta última realizou apresentação com a Orquestra Arte Nossa, projeto que culminou na circulação “Izza e Orquestras Brasileiras”, com concertos nas cidades de Itabira, Pará de Minas (MG) e Fortaleza (CE).
Músicas: 01 – Canção de Apartamento // 02 – 14 de Setembro // 03 – Antídoto
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CAU KARAM – Começou seus estudos de violão como autodidata com 18 anos de idade e dedica-se ainda ao cavaquinho e à viola caipira. Depois de pré selecionado ao Projeto Rumos Musicais – Tendências e Vertentes da Produção Brasileira Atual do Itaú Cultural em 2001, passou a dedicar-se mais à composição.
O CD “Sambas, choros, valsas e um frevo” é o primeiro CD de Cau Karam. O álbum reúne obras criadas para formações instrumentais variadas (duos, trios, quartetos e quintetos) não se restringindo ao violão solo. A obra demonstra a concepção do autor sobre os ritmos brasileiros. Foi gravado em São Paulo, com direção do violinista e compositor Mário Gil, e conta com as participações de Nailor “Proveta” no clarinete, Ronen Altman no bandolim, Beto Sporleder na flauta e saxofones , Lucas Vargas, no piano e acordeom, Rui Barossi no baixo acústico, Mário Gaiotto na percussão, Paulo Ribeiro e Muari Vieira nos violões. Cau Karam toca violão, violão de 7 cordas, viola de 10 cordas e cavaquinho. Das três indicações no Prêmio Açorianos de Música 2006, o autor recebeu os prêmios de Melhor Disco de Música Instrumental e Melhor Compositor de Música Instrumental do ano de 2006.
Músicas do álbum “Sambas, choros, valsas e um frevo”: 01 – Os Mistérios de Bê // 02 – Ribeirando // 03 – 22×19
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MONICA TOMASI – é cantora, instrumentista e compositora gaúcha, sendo considerada uma das principais vozes da música urbana do Rio Grande do Sul.. Seu trabalho autoral contempla o samba, o pop, o elétrico, o acústico e o tradicional, dando importância às mais diversas referências da criação musical.
Tem em sua discografia: O LP “Eu Fórica” de 1990, o CD “1º” (1996), o CD “Idéias Contemporâneas sobre o Amor” (2003), o CD “Quando os Versos me visitam”, financiado pelo Projeto Petrobrás Cultural 2006 e o CD Intermitente (2013).
Músicas do álbum Intermitente: 01 – Intermitente (Monica Tomasi) // 02 – Passos no Corredor – (Fernando Peters) // 03 – Ela vai pro Samba (Monica Tomasi).
Vamos mostrar nessa edição de O Sul em Cima, os trabalhos de Sérgio Rojas, Marcelo Pons, Davi Fonseca e Manu Saggioro.
SÉRGIO ROJAS – Compositor, instrumentista, cantor e arranjador gaúcho, com um espectro musical abrangente de produções de trilhas para publicidade, cinema, teatro e dança, é hoje um dos mais conceituados nomes da música do Rio Grande do Sul.
Natural de Uruguaiana, Sérgio Rojas vem de uma família de artistas. Ingressou no curso de Composição da Faculdade de Música da UFRGS em 1983. Fez turnê pelos EUA no final de 1989 e fez vários recitais de violão clássico, se aprimorando na Espanha, em técnica violonística, tendo ganho muitos prêmios como arranjador nos festivais de música do Estado, entre 1980 e 1990.
Ganhou Prêmio de Melhor Trilha na Mostra Gaúcha do 38º Festival Internacional de Cinema de Gramado com a canção “Milonga para Simões Lopes Neto” para “Contos Gauchescos de Simões Lopes Neto”, do diretor Henrique de Freitas Lima – compôs as trilhas para seis contos e documentário.
Rojas, traz na sua longa trajetória musical de experimentações, participações como convidado especial em diversos espetáculos de Mercedes Sosa no Brasil e na Argentina, com Fito Paez em turnê pelo Rio Grande do Sul, também dividiu palcos com artistas importantes dos cenários gaúcho, brasileiro e internacional.
Sérgio Rojas, com herança e formação cultural nas três fronteiras, Brasil, Argentina e Uruguai e sua versatilidade, traduz no seu trabalho artístico musical as influências do rock latino de Fito Paez e Charly Garcia e da boa música popular brasileira.
No final de 2019, lançou seu novo trabalho “Atemporal”. A obra traz canções em espanhol com influências do POP e Rock Argentino, Folclore, MPB, além de baladas autobiográficas, que remetem à mescla milongueira de sua origem fronteiriça.
Músicas do álbum “Atemporal” (2019) : 01 – YA VA A SALIR EL SOL // 02 – FRONTERA // 03 – IYA!
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MARCELO PONS – Músico, cantor e compositor, nascido em Pelotas-RS em 31/01/1980. Lançou um disco com o grupo Crisálida, grupo vocal instrumental com influências do rock rural e progressivo, muito explorado na década de 70 onde havia movimentos musicais como “Clube da Esquina”. Em vista da aceitação do disco Crisálida, continua trabalhando para que esse gênero permaneça se espalhando pelo Brasil, pois hoje é uma arte escassa, mas ainda muito admirada. Suas obras reúnem também elementos bucólicos, refletem claramente a fusão da música popular com o barroco e erudito com certa dose de romantismo, resultando o seu primeiro disco autoral solo, Homônimo “Marcelo Pons” (produção independente). O disco teve uma avaliação positiva por críticos e produtores em São Paulo, Rio e Belo Horizonte. Suas músicas tiveram destaque no site palcomp3, onde ficou em 3º lugar como artista de MPB mais baixado do Brasil no ranking do site. Atualmente Marcelo Pons lança o Single “Deixa eu te lembrar”.
Músicas: 01 – DEIXA EU TE LEMBRAR (single novo) // 02 – A JANELA DO SOL POENTE // 03 – TUDO O QUE A GENTE SONHAR
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DAVI FONSECA – Davi Fonseca é pianista, compositor a arranjador e está lançando o seu primeiro disco “Piramba”, que celebra o encontro da canção com a música instrumental, trazendo uma mistura de referências do compositor. O disco faz parte do selo Savassi Festival Records e conta com a produção musical de Pedro Durães.
Músicos: Davi Fonseca: piano, teclado e voz // Alexandre Andrés: flautas // Alexandre Silva: clarinete e clarone // Camila Rocha: baixos acústico e elétrico // Natália Mitre: vibrafone // Yuri Vellasco: bateria e percussão
Músicas: 01 – JOÃO NO PATI – Davi Fonseca // 02 – VARAL – Davi Fonseca / Dé de Freitas / Délcio Fonseca
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MANU SAGGIORO – Cantora, instrumentista e compositora nascida em Jaú (SP) mas vive atualmente entre Bauru e São Paulo.
Lançado em janeiro de 2019 e distribuído pela Tratore, “Clarões” é o álbum de estréia da multifacetada artista Manu Saggioro. Os clarões das paixões, que iluminam o breu, o escuro e as sombras pelos palcos e pelos estúdios do Brasil e do mundo desde 2002.
Manu reúne em seu disco, que contou com a direção artística da cantora Ceumar, 14 canções inéditas, com um pouco das várias influências que arrematou pelo caminho. O álbum conta com composições de Tetê Espíndola, Tavinho Limma, Levi Ramiro, Osvaldo Borgez, Tata Fernandes, Déa Trancoso e da própria Manu (solo ou em parcerias com Manoel Carlos Rubira e Ceumar).
“Precisei encontrar, diante de tudo o que já experimentei e do que vinha compondo, o lugar onde eu mais me reconheço em profundidade. É como se eu tivesse feito uma enorme andança, identificado o meu local de origem”, conta Manu.
Músicas do álbum “Clarões”: 01 – ASA DE CANÇÃO – Manu Saggioro // 02 – CLARÕES – Tavinho Limma / Tetê Espíndola // 03 – AGÜITA – Ana Beatriz Pereira Rolando.
O Sul em Cima dessa edição, mostra os trabalhos de Marcelo Delacroix, Entrevero Instrumental, Karina Libânio e Stopelli Banda.
MARCELO DELACROIX – Músico, compositor, cantor, arranjador, produtor e educador musical nascido em Curitiba e porto-alegrense desde os 5 anos de idade. Estudou na Escola de Música da OSPA e cursou o Bacharelado e licenciatura em Música na UFRGS, com ênfase no violão. Tem quatro discos gravados, pelos quais ganhou alguns Prêmios Açorianos de Música: Quebra Cabeça (grupo instrumental – 1994), Marcelo Delacroix (2000), Depois do Raio (2006) e Canciones Cruzadas (2013). Suas trilhas para Teatro e Dança também lhe valeram alguns prêmios. Atua como educador musical, ministrando cursos e oficinas de musicalização através do canto, para crianças e adultos.
TRESAVENTO é o terceiro disco individual de Marcelo e leva o título de uma das canções, que foi inspirada no conto Tresaventura, do escritor João Guimarães Rosa.
Músicas do álbum Tresavento (2020): 01 – História de Nós Dois – Marcelo Delacroix / Leandro Maia // 02 – Sem Palavras – Marcelo Delacroix / Paulo Araújo // 03 – Milonga Moura – Marcelo Delacroix / Jerônimo Jardim // 04 – Tresavento – Marcelo Delacroix / Leandro Maia – (inspirado no conto Tresaventura, de Guimarães Rosa – está em Tutaméia – Terceiras estórias 1967).
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ENTREVERO INSTRUMENTAL – O Entrevero Instrumental é formado por Arthur Boscato (violão sete cordas), Vinícius Lole (acordeon), Jota P Barbosa (saxofone), Filipe Maliska (bateria) e Rodrigo Moreira (baixo) e apresenta um trabalho autoral de música instrumental brasileira com grande influência dos ritmos do sul do Brasil e da música contemporânea. Já passou por mais de 60 cidades do Brasil. Realizou também uma turnê em 2013 por França e Espanha, com o apoio do Ministério da Cultura, e a turnê Ao Sul em 2017, que passou por Argentina, Uruguai e Sul do Brasil. Em 2018 realizou a turnê Desterro por Portugal e Itália, tocando em um dos mais importantes clubes de jazz da Europa, o Hotclube de Portugal, além de concertos em Serpa, Milão, Turim e Lisboa. Participou de importantes festivais como o Savassi Festival 2011 em Belo Horizonte, o Joinville Jazz Festival 2010, o Festival Internacional Jazz a la Calle 2015 no Uruguai, Mostra SESC Cariri 2015 no Ceará, Festival de Inverno de Garanhuns 2014, Copa do Mundo 2014 em Salvador e Experimentasom no SESC Sorocaba em 2017.
Recebeu o prêmio Novos Talentos do Jazz 2011, o Itaú Rumos Música 2010-2012, Prêmio Elisabete Anderle 2010 pelo disco Siri al Presto, Prêmio Funarte de Música Brasileira em 2013 pelo disco Êxodo e Prêmio Elisabete Anderle 2015 pelo disco Estratossoma. Realizou em 2017 o programa instrumental SESC Brasil.
Incurso é o 4º álbum do Entrevero Instrumental e foi lançado em dezembro/2019. “Incurso” foi criado em setembro de 2018 no âmbito do programa RAM (Residências Artísticas Musibéria). Álbum gravado, misturado e masterizado entre setembro de 2018 e dezembro de 219, no Estúdio de Som Musibéria, em Serpa, Portugal.
Músicas do álbum INCURSO (todas as músicas compostas por Filipe Maliska, Arthur Boscato, Rodrigo Moreira, Jota P. Barbosa e Vinícius Lole):
01 – Pulpería Darknet // 02 – Extropiado // 03 – Entrevero de Adaga e 3D Printed Gun
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KARINA LIBÂNIO – Natural de Belo Horizonte, a cantora Karina Libânio começou na música como intérprete e estudou violão, percussão, teatro e yoga. Durante sua trajetória artística, participou de eventos importantes ao lado de nomes expressivos da cena de BH, dentre os quais Aline Calixto, Maíra Baldaia, Pedro Morais, Dona Jandira, Tiago Delegado, Juliano Mourão, dentre outros. Em 2006, teve um momento singular em sua carreira, quando foi selecionada dentre mais de 700 inscritos no projeto Conexão Telemig Celular, ficando entre os 12 finalistas, feito que possibilitou seu ingresso no álbum lançado pelo projeto, gravando a faixa No balanço do mar, de composição própria em parceria com os músicos Flávio Henrique e Marcos Frederico. Dentre suas participações, atuou nos trabalhos Sinuca Tropical, do compositor e bandolinista mineiro Marcos Frederico, e no CD Urucum, do compositor Rai Medrado. Em 2014, gravou de forma independente o DVD Inteira, no SESC Palladium, ao lado de Alexandre Mourão, Marcílio Rosa e Luiz Paulo Ramos. Em 2019, lançou o álbum Nua Face.
Músicas: 01 – Já não tô cabendo mais – Karina Libânio / Léo Brasil / Marcílio Rosa // 02 – Zé preto – Karina Libânio / Léo Brasil // 03 – Altar – Karina Libânio
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STOPELLI BANDA – É um projeto de ritmos Funk, Soul e R&B latinoamericano, que se nutre das influências do Brasil e Argentina, criando assim uma mistura e som particular. Em 2016, lançam seu primeiro material discográfico Suelto en el barrio Yaugurú. Atualmente se encontram trabalhando em seu segundo álbum de estúdio.
Stopelli Banda é formado por: Esteban Stopelli: Guitarra e voz / Leonardo Castro: Teclados e voz / Alejandro Borgarello: Baixo e voz e Rodry Cornejo: Bateria
O Sul em Cima dessa edição mostra os trabalhos de Fernando Brant, Danny Calixto, Jimi Joe e Batuque Cello.
FERNANDO BRANT – O Brasil tomou conhecimento de Fernando Brant em 1968 quando Travessia, composta por ele e Milton Nascimento e interpretada pelo parceiro, classificou-se em segundo lugar no Festival Internacional da Canção. A música, inspirada em Grande Sertão: Veredas, obra literária clássica de João Guimarães Rosa, transformou-se num marco na carreira dos dois artistas.
Um dos pilares do Clube da Esquina, coautor de canções antológicas, Brant, falecido em 12 de junho de 2015, aos 68 anos, deixou um valioso legado para a MPB. Parte desse patrimônio cultural ganhou registro em Vendedor de Sonhos, álbum lançado em dezembro de 2019 pela gravadora Biscoito Fino, com a participação de grandes intérpretes.
Idealizado em 2014 por Robertinho Brant, músico e sobrinho do letrista, o disco chega ao mercado após cinco anos com as gravações de 20 composições selecionadas pelo próprio Fernando Brant um ano antes de sair de cena. São 20 pérolas de cancioneiro que contabiliza 320 títulos, sendo 110 músicas escritas com melodias de Milton Nascimento.
Músicas do álbum “Vendedor de Sonhos” – as músicas abaixo são de autoria de Milton Nascimento e Fernando Brant:
01 – San Vicente – intérprete: Beto Guedes // 02 – Travessia – intérprete: Toninho Horta // 03 – Veveco, Panelas e Canelas – Intérprete: Fernanda Takai // 04 – O Vendedor de Sonhos – Intérpretes: Flávio Venturini e Marina Machado
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DANNY CALIXTO – Nascida em Porto Alegre, Danny viveu 10 anos em Curitiba a partir da adolescência. Um dos primeiros momentos no palco foi como vocalista de uma banda de rock progressivo “A Banda da Terra”. Depois disso, Danny junto com Rogéria Holtz (cantautora curitibana) estrearam um show de “MPB Lado B” num bar emblemático da cidade, o Trem Azul.
Danny estudou violão clássico na Escola de Música e Belas Artes e trabalhou em teatro como atriz, cantora e violonista. Voltou à capital gaúcha em 1995 e em 1998 montou a banda Os Waldos, de black music, com a qual atuou até 2002. No ano seguinte veio o primeiro álbum solo, Abracadabra, que teve duas indicações ao Açorianos nas categorias: Revelação e Intérprete Pop/Rock. Danny tem formação acadêmica em Artes Plásticas, diversos cursos de artes gráficas e uma série de experiências também em televisão (na frente e atrás das câmeras). Foi diretora de arte em agências de publicidade e até hoje trabalha com design.
O CD Quintais do Mundo, lançado em 2016, é o 2º disco de Danny Calixto, resultado de seu trabalho de composição solo e em parceria com outros artistas do sul do Brasil. Um disco que transita pelo universo rítmico do samba, samba funk, ijexá, maracatu, chacarera. Canções do universo das lendas, reflexões sobre os amores e dores de amor, o olhar feminino sobre a a vida, suas contradições e contemplações. Arranjos que ora nos levam pro aconchego do sol, ora pra caminhos mais densos com texturas surpreendentes e pulsantes. Tem a pegada de alguém que nasceu no sul do Brasil mas que olha o mundo como um vasto quintal.
Músicas do álbum “Quintais do Mundo”: 01 – Tempo, Tempo – Danny Calixto/ Marcio Celli // 02 – Oásis – Danny Calixto.
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JIMI JOE – Arzelindo Ferreira Neto nasceu em Arroio Grande, em 1955. Já o canhoto Jimi Joe nasceu adolescente, tocando nos palcos de Porto Alegre, entre o final da década de 70, início dos anos 80. O nome artístico nem foi ele que escolheu, mas acolheu, até para assinar seus textos como jornalista – e posteriormente como tradutor de algumas publicações. “Jimi” é uma referência ao guitarrista, também canhoto e autodidata, Jimi Hendrix. O “Joe” nem ele mesmo sabe ao certo.
Jimi Joe é músico e jornalista há mais de 40 anos e tem lançados dois álbuns, Saudades do Futuro (2005) e Nenhum Dano Mental Grave Constatado (2017). O título desse álbum, provém das intempéries da vida em geral e por um período de 10 anos de hemodiálise seguido de um transplante de rim em 2013 vivenciados por Jimi.
Jimi Joe também faz parte da banda Los Três Plantados, banda composta por ele, Bebeto Alves e King Jim, outros dois músicos transplantados recentemente.
Músicas:
01 – Transversal – Single novo de Jimi Joe lançado no final de 2019, fala de Mobilidade Urbana. Transversal, composição de Jimi com versos de Juliana Franzon, foi gravada e arranjada por Regis Sam, que também tocou baixo, teclado e sanfoninha e fez vocais. Além de Jimi na voz e violão base, a canção tem participações de Maurício Chaise (guitarras e vocais) e Biba Meira (percussão).
02 – Poema de Luz – Jimi Joe
03 – Amor Manifesto – Jimi Joe / Nenung – as músicas 02 e 03 estão no álbum Nenhum Dano Mental Grave Constatado (2017)
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BATUQUE CELLO – O grupo foi idealizado em 2016 pelo violoncelista, contrabaixista e compositor, Ricardo Campos. A partir das práticas artísticas realizadas nas disciplinas de Música de Câmara e da Roda de Choro do curso de graduação em Música da UEMG, Ricardo se dedica à prática do violoncelo na música popular brasileira, e juntamente, com a influência musical do grupo Cello Samba Trio, do violoncelista Jaques Morelenbaum, suscitou na formação do quarteto com os violonistas Leonardo Araújo, André Oliveira e o percussionista Daniel Guedes. Desde então, o Batuque Cello se apresenta em projetos e espaços de música experimental belorizontina com destaque pela originalidade do seu repertório com arranjos contemporâneos de clássicos da música popular brasileira.
Tendo como protagonista o violoncelo, o grupo Batuque Cello realiza uma performance diversa em ritmos, timbres, sotaque e suingue, trazendo em seus arranjos o lirismo dos violões e a requintada percussão brasileira.
Batuque Cello lançou em 2018 o seu álbum intitulado “Alumiado” e que contempla um repertório com músicas de jovens compositores contemporâneos da cena instrumental mineira.
Músicas: 01 – Alumiado _ Lucas Telles // 02 – Nítido e Obscuro – Guinga e Aldir Blanc // 03 – Floreio – Leandro César
O SUL EM CIMA dessa edição mostra os trabalhos de Alexandre Caldi e Itamar Assiere, Cláudio Nilson, Taty e Fábio e Alejandro Luzardo y La Candombera.
ALEXANDRE CALDI e ITAMAR ASSIERE
O álbum “Afro+Sambas” (2019) chega como uma celebração à parceria entre dois músicos contemporâneos cariocas, o saxofonista Alexandre Caldi e o pianista Itamar Assiere, à luz da parceria antológica entre dois magos da composição brasileira, Baden Powell e Vinicius de Moraes. Gravados originalmente em 1966 com arranjos do maestro César Guerra Peixe (1914-1993), os Afro-Sambas, recebem agora arranjos originais de extrema competência técnica, mas sem perder a sensibilidade, destes dois instrumentistas e arranjadores.
Em Afro+Sambas, álbum editado pela gravadora Biscoito Fino, Caldi e Assiere adicionam a influência do jazz e três músicas ao repertório original.
Músicas do CD Afro+Sambas (interpretação de Alexandre Caldi e Itamar Assiere) :
01 – Samba Novo – Baden Powell // 02 – Tristeza e Solidão – Baden Powell / Vinícius de Moraes // 03 – Tempo de Amor – Baden Powell / Vinícius de Moraes
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CLÁUDIO NILSON
O compositor e cantor Claudio Roberto Nilson é gaúcho de São Leopoldo. Atualmente vive em Porto Alegre. Interessado pela arte musical desde a infância, aos doze anos ingressou no grupo vocal e instrumental da Sociedade Ginástica da cidade natal. Mais tarde estudou violão clássico. Entre os anos oitenta e noventa atuou nos grupos Tocaia e Unamérica. Com este último gravou dois discos. Segundo as palavras do jornalista gaúcho Juarez Fonseca: “Cláudio Nilson é um compositor simbolo de São Leopoldo”. O álbum “Intercâmbio” (2019) é o seu segundo álbum. O primeiro foi “Plural” (2011), álbum que traz 21 faixas de diferentes épocas da trajetória musical de Nilson.
O álbum Intercâmbio é resultado das muitas influências que fazem parte da musicalidade do compositor, cujas canções trazem temáticas do universo do amor e da espiritualidade, embaladas em diversos ritmos da MPB, além do country, do reggae e ares de latinidade.
INTERCÂMBIO traz vivências do músico na sua caminhada em busca da paz e do crescimento interior, entendendo que no contato com o outro temos uma grande oportunidade de cooperação e aprendizado. Músicas do CD “Intercâmbio” – Todas de Autoria de Cláudio Nilson: 01 – Salve a Nova Era // 02 – Me Vestir com Asas // 03 – Eu Estive Lá // 04 – Lá no Fundo do Ser
TATY E FÁBIO
Duo de Pelotas/ RS. O início do duo aconteceu no final de 2015. Em seguida gravaram o primeiro álbum Especial MPB composto por 12 releituras. Já em 2017 lançaram dois singles autorais. Logo após nasceu Poesia Moderna, com 14 faixas, álbum que ganhou formato em DVD gravado em março de 2018 no Theatro Guarany. Com a música Só Tu Querer em setembro de 2018 foram selecionados para participar do maior festival universitário de música do país, o Fun Music. Em 2019 lançaram o álbum Influências com a idéia central de registrar o repertório deles e os artistas que influenciam a música do duo. Em janeiro de 2020 lançaram o álbum Galeria com a mesma proposta.
Músicas do álbum Galeria: 01 – Cabide // 02 – Epitáfio // 03 – Velha Infância
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ALEJANDRO LUZARDO Y LA CANDOMBERA
Projeto musical fundado pelo guitarrista e percussionista Alejandro Luzardo em 2001 em Barcelona.
Lá, depois de fazer várias gravações de singles em Espanha e Uruguai, lançaram seu primeiro álbum ” “Escucha el Tambor” ” (Blue Moon – Inner Jazz,2008).
O Candombe, cultura e tradição afro-uruguaia, é a base rítmica da linguagem das composições e arranjos de Alejandro Luzardo, explorando ao mesmo tempo a convivência com outros estilos como funk, jazz, etc. Conseguiu assim uma fusão única que hoje é uma referência inevitável da Música Candombe em nosso país.
Desde 2011, voltou novamente ao Uruguai, continua com o projeto gravando em 2012 o segundo álbum “A bailar candombe!!!” editado por Sondor em 2012 e recentemente, o terceiro trabalho: Candom-bebop , Sondor 2015 , este último composto por um CD duplo, premiado com Graffiti 2016 como melhor disco de candombe, também indicado para melhor álbum de jazz de 2016.
Atualmente, Alejandro Luzardo e La Candombera são uma referência da Música afro-uruguaia caracterizada por uma forte ênfase nos principais elementos candombero e ao mesmo tempo uma abertura para seu desenvolvimento, crescimento e expansão.
Músicas: 01 – Descarga en la Esquina // 02 – La Bicicleta // 03 – La Noche
Vamos mostrar no primeiro O SUL EM CIMA de 2020, os trabalhos de CEUMAR, SULIMAR RASS, FELÍCIA E O CALDO BRASILEIRO e CLARISSE GROVA E AFONSO MACHADO.
CEUMAR – Cantora, violonista e compositora das Minas Gerais, Ceumar tem 6 álbuns autorais – “Silencia” (2014), “Ceumar & Trio – Live in Amsterdam” (2010), “Meu Nome” (2009), “Achou!” com Dante Ozzetti (2006), “Sempre Viva” (2003), “Dindinha” (1999).
Há quase 25 anos, Ceumar, deixou a terra natal, Itanhandu, no sul do estado, e foi se aventurar pelo mundo. Primeiro, mudou-se para São Paulo, depois morou na Holanda e decidiu voltar para a capital paulista.
Espiral, seu novo disco lançado em 2019, traz 11 faixas inéditas e celebra os 20 anos de carreira. O novo trabalho é uma forma de apresentar o tempo sem fronteiras, explica a artista. Aos 50 anos, ela experimenta outras versões de si, em novos e antigos encontros, com sons que traçam um arco biográfico de sua trajetória, ligando sua história ao hoje e ao amanhã. “A espiral evoca o sentido da evolução de uma força, de um estado. Simboliza desenvolvimento, continuidade cíclica mas em progresso, rotação criacional”.
Músicas do álbum ESPIRAL: 01 – Tô Aqui – Sérgio Pererê // 02 – Espiral – Ceumar / César Lacerda // 03 – Todas as Vidas do Mundo – PC Silva / Ceumar – Participações: Déa Trancoso e Cátia de França.
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SULIMAR RASS – Músico, compositor, produtor fonográfico, escritor e professor de música. Já atuou ao lado de diversos artistas, tanto em estúdio quanto no palco. É proprietário da Rass Escola de Música, escola que atua há mais de 20 anos na arte de ensinar música em Pelotas. É graduado no curso de Tecnologia em Produção Fonográfica da UCPel (2010/2), onde foi aluno de renomados professores, como o consagrado músico Kleiton Ramil, da dupla Kleiton & Kledir e do produtor e masterizador Marcos Abreu. Já estudou violão e guitarra com músicos como Daniel Sá, Gilberto Oliveira e Ary Pyazzarollo.
“Conclusões Absurdas” é o disco de estréia de Sulimar lançado em 2015. Em 2020, o artista lança seu segundo álbum “Canções Inerentes”.
Músicas do álbum Canções Inerentes: 01 – Fome de Versos // 02 – Albor // 03 – Canções Canções.
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FELÍCIA E O CALDO BRASILEIRO – Felícia é cantautora, atriz, comunicadora e sambaterapeuta. Joinvilense que vive em Florianópolis, lançou seus primeiros 3 singles autorais da carreira em 2019,músicas que fazem parte do disco autoral Meditasamba, que ainda será gravado, “Não mexa com a minha dor”, “Ascenção” e “Ai, o Samba”. Trabalha com dois formatos de show, samba raiz e autorais no estilo roda de samba com o Sambanda e com o Caldo Brasileiro faz a versão piano e baixo, autorais e releituras originais e únicas, temperando o samba (base do seu trabalho) com outros ritmos como o jazz, blues, baião e todas as influências que definem sua bagagem. Seu nome é a maior marca de sua personalidade tanto na vida quanto no palco. Felícia, faz o “download” das músicas com a frequência da felicidade, da alegria, falando de temas delicados do cotidiano do ser planetário internos e externos de um jeito pró-positivo, descontraído, apostando em sua linguagem popular.
Músicas: 01 – Ai,o Samba // 02 – Ascenção // 03 – Não Mexa com a minha dor.
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CLARISSE GROVA E AFONSO MACHADO – A cantora e compositora carioca Clarisse Grova começou a carreira no início dos anos 80, cantando em bailes e depois na noite carioca. Em 2009, Clarisse inaugurou a “Oficina de Voz” e realiza workshops, com aulas de canto e orientações para a voz falada na publicidade, rádio e TV. percorrendo vários estados do Brasil.
Afonso Machado é bandolinista, arranjador e produtor. É fundador do conjunto de choro Galo Preto e da Orquestra de Cordas Brasileiras. Professor de música e autor do “Método do bandolim brasileiro” editado em 1986, um trabalho pioneiro no gênero, que condensa toda a técnica do bandolim tocado no Brasil. Coordenou diversas oficinas de choro realizadas no Rio de Janeiro (Rioarte) e em São Paulo (Sesc), além de realizar workshops de música brasileira na França, na Suiça e em Portugal.
Em 2012, Afonso e Clarisse se unem e lançam o CD Que tal? com canções de Afonso Machado, que aparece como letrista e melodista em parceria com Elton Medeiros, Paulo César Pinheiro, Carlinhos e Dora Vergueiro, Roberto Pinto e Luiz Moura. As músicas variam de estilo, indo do samba ao choro passando por modinha, choro-canção e samba-canção, e tem como principal elemento harmonizador a belíssima interpretação da cantora Clarisse Grova.
Músicas do álbum Que Tal? 01 – Que tal? – Luiz Moura e Afonso Machado // 02 – Boêmio – Afonso Machado / Luiz Moura / Paulo César Pinheiro // 03 – Na Cara do Gol – Elton Medeiros / Afonso Machado
O Sul em Cima dessa edição mostra os trabalhos de Francis Hime, Dandara Manoela e Fernando Leitzke.
FRANCIS HIME O tempo de Francis Hime é hoje! Raros são os artistas que chegam aos 80 anos – idade festejada dia 31 de agosto de 2019, pelo cantor, compositor, pianista, arranjador e maestro carioca – com a obra ainda viçosa, sem precisar se escorar nas conquistas do passado.
Francis Hime assumiu o papel de um dos principais protagonistas da música popular brasileira a partir da primeira metade dos anos 60. Seria impossível escrever a história da música brasileira nas últimas décadas sem dar a Francis Hime um destaque muito especial. No mapa da MPB, todos os afluentes confluem para o talento estuário de Francis Hime.
Tom Jobim é um piano, Caymmi um violão, Vinicius, uma caneta, Noel, um terno branco. Por analogia, Francis Hime é uma orquestra. E uma orquestra sinfônica. Não uma sinfônica convencional, apoiada exclusivamente nas cordas, madeiras e gravatas, mas uma formação enriquecida por metais de gafieira, cavaquinhos de chorões e tamborins de escola de samba. Se a música do Rio é uma fusão – a música de todos os Brasis confluindo para um estúdio onde as águas se misturam e ganham ritmo e densidade – , Francis é a personificação dessa fusão. A todos estes ritmos brasileiros, Francis empresta seu inspirado refinamento e deles toma emprestado a vitalidade e a beleza.
Francis Hime debutou no mercado fonográfico em 1964 como o integrante mais importante do grupo Os Seis em Ponto. Contudo, o compositor somente começou a se mostrar realmente, com toda a plenitude, a partir de 1973, ano do tardio primeiro álbum solo de Francis.
O artista poderia estar vivendo somente do cancioneiro apresentado nas décadas de 1970 e 1980, anos da harmoniosa parceria com Chico Buarque, desenvolvida de 1972 a 1984. Mas seguiu em frente, abrindo parcerias no século XXI – com Adriana Calcanhotto, Paulinho Moska, com Guinga, Thiago Amud entre outros – e procurando criar sempre, ainda que com fidelidade aos cânones da geração devota do soberano Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994) projetada na década de 1960.
Um dos maiores nomes da música brasileira desde que entrou em cena, em 1963, Francis Victor Walter Hime está ancorado no presente. HOJE , novo álbum de Francis Hime, reúne músicas inéditas e celebra os 80 anos do compositor, com as participações de Adriana Calcanhotto, Chico Buarque, Lenine, Olivia Hime e Sergio Santos. Com 12 faixas, Hoje, traz parcerias de Francis Hime com Geraldo Carneiro, Paulo César Pinheiro, Olivia Hime, Adriana Calcanhotto, Thiago Amud, Herminio Bello de Carvalho, Tiago Torres da Silva, Ana Terra e Silvana Gontijo.
O álbum chegou as lojas em novembro de 2019, depois de “Navega Ilumina”, lançado em 2014, último de inéditas de Francis Hime que, em 2018, recebeu sua primeira indicação ao Prêmio Jabuti de literatura, na categoria Artes, pelo livro “Trocando em Miúdos – as minhas canções”. O álbum “Hoje” tem direção musical e arranjos de Francis Hime, produção de Olivia Hime e direção de gravação e mixagem de Paulo Aragão, um dos mais destacados arranjadores de sua geração, fundador e integrante do quarteto Maogani de Violões.
Músicas:
01 – MAIS SAGRADO – Autoria: Francis Hime / Ana Terra – intérpretes: Francis Hime e Olívia Hime // 02 – O TEMPO E A VIDA – Autoria: Francis Hime / Tiago Torres da Silva – Intérpretes: Francis Hime e Lenine // 03 – FLORES PRA FICAR – Autoria: Francis Hime / Adriana Calcanhotto – Intérpretes: Francis Hime e Adriana Calcanhotto // 04 – LAURA – Autoria: Francis Hime / Olívia Hime – Intérpretes: Francis Hime e Chico Buarque // 05 – JOGO DA VIDA – Autoria: Francis Hime / Silvana Gontijo – Intérpretes: Francis Hime / Sérgio Santos e Olívia Hime // 06 – SAMBA DOLENTE – Autoria: Francis Hime / Olívia Hime – Intérprete: Francis Hime
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DANDARA MANOELA
Dandara Manoela é cantora, compositora e percussionista. Transitando pelo samba e pela MPB, a artista traz à tona lutas e afetos subjetivos que encontram espaço na multidão. Em 2018, a artista lançou seu primeiro álbum, “Retrato Falado”, gravado via financiamento coletivo em Florianópolis (SC). Entre as 12 faixas, estão composições como “Mulher de Luta” e “Dona Georgina”, conhecidas por suas letras potentes. Além do trabalho solo, Dandara integra a banda de samba-reggae Cores de Aidê e a Orquestra Manancial da Alvorada. Em 2017, venceu o Prêmio da Música Catarinense nas categorias melhor cantora e artista revelação com a Orquestra.
Fernando Leitzke é pianista e compositor e arranjador. Natural de Pelotas, iniciou seus estudos no conservatório de música de Pelotas onde estudou por 6 anos. Aos 17 anos começou a estudar choro e música brasileira. Aos 21 anos mudou-se para o Rio de Janeiro e tem tocado ao lado de grandes artistas do gênero .
Em 2015 lançou seu primeiro disco chamado “Rios que Navego” com grandes nomes da música instrumental como Oscar Bolão, Guto Wirtti e João Camarero. É um repertório pianístico e percussivo, com composições próprias, além de outros grandes pianistas como Radamés Gnatalli, Tom Jobim e Rubén González além de músicas que vão além da fronteira Brasil, Uruguai e Argentina.
“Rios que Navego” faz esta viagem pelo samba, samba canção, candombe, zamba, choro e influências de todos estes rios. Rios que navego é um disco de fronteiras e tradições.
Músicas: 01 – Chaleira Quente – Fernando Leitzke // 02 – Mundo Melhor – Pixinguinha e Vinícius de Moraes // 03 -Candombe para Gardel – Ruben Rada // 04 – Descendo o Morro – Tom Jobim e Billy Blanco
O Sul em Cima dessa edição mostra os trabalhos de Lia de Itamaracá, Fernando Lobo, Cores de Aidê e Flávio Renegado.
LIA DE ITAMARACÁ – Maria Madalena Correia do Nascimento nasceu em janeiro de 1944, na ilha de Itamaracá, PE.
Quase dez anos após o lançamento do álbum Ciranda de Ritmos, a cirandeira Lia de Itamaracá lançou em novembro de 2019 o disco Ciranda Sem Fim. O trabalho carrega o selo do edital Natura Musical através da Lei Federal de Incentivo à Cultura e foi produzido pelo DJ Dolores e pela produtora cultural Ana Garcia.
No material, os admiradores da voz marcante da cirandeira mais famosa do Brasil, vão conhecer uma artista que vai além de uma brincante de ciranda. A proposta do DJ Dolores não é desconfigurar a referência que Lia carrega enquanto referência da Ciranda, mas oferecer uma fusão entre novos e antigos sons. “Lia é cantora do que ela quiser. A voz imponente, marcante e vibrante também pode apresentar outros ritmos. A partir disso estamos apresentando essa repaginada, explica Dolores, que assina a direção musical do novo trabalho.
O nome do álbum também batiza uma das músicas integrantes do disco. Ciranda Sem Fim Para Lia foi um presente dado à artista pelo músico carioca Lúcio Sanfilippo durante um encontro entre os dois no Rio de Janeiro, em 1999. A faixa recorda o trabalho como merendeira, ofício desempenhado pela cantora durante 30 anos em uma escola estadual da Ilha de Itamaracá.
Ao contrário dos discos anteriores: Rainha da Ciranda (1977), Eu Sou Lia (2000) e Ciranda de Ritmos (2010), a poesia é obra presente neste álbum atual.
Aos 75 anos, Lia se tornou um Patrimônio Vivo de Pernambuco – primeiro, de fato; depois, de direito: recebeu o título do Governo de Pernambuco em 2005, sendo uma das primeiras a ser distinguidas com a honraria. A trajetória artística é longa, desde que a adolescente foi “descoberta”, nos anos 1960, após presentear a cantora Teca Calazans com a mais célebre de suas cirandas .
Músicas: 01 – Meu São Jorge – Ganga /Severina Baracho // 02 – Desde Menina – Chico César // 03 – Quem Sabe? – Carlos Gomes / Bittencourt Sampaio // 04 – Ciranda Sem Fim para Lia – Lúcio Sanfilippo
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FERNANDO LOBO (PR) – Músico, produtor e arte educador, atua em diferentes segmentos e estilos musicais desde a década de 90. Relaciona suas experiências musicais com a educação e espiritualidade, traz em sua obra a mescla de culturas tradicionais em um contexto contemporâneo. Se utiliza da tecnologia como conexão da raiz com o sutil no ambiente Pop.Afro.Caiçara. Como instrumentista, atuou em shows e gravações com diversos artistas, entre eles André Abujamra, Siba, Serenô, Kiko Dinucci, Karol Conka, Real Coletivo, François Muleka, entre outros.
Se apresentou em concertos e festivais no Brasil, Argentina, Uruguai, Portugal, Irlanda, França, Holanda, Alemanha, Inglaterra, Espanha e Ilhas Canárias. Fernando Lobo é autor do Livro Somos Som – Música percussiva brasileira, em parceria com a percussionista Simone Sou, o método apresenta a percussão brasileira como linguagem musical contemporânea. O livro foi lançado em 2016 e o trabalho já esteve presente em festivais no Brasil, Holanda e Inglaterra.
TAMBAKI é o primeiro álbum solo de Fernando Lobo . No disco, Lobo assume a versatilidade e assina as composições, execução instrumental e produção musical. Em busca de musicalidade própria, TAMBAKI transita por diversas referências de música no mundo, aborda as sonoridades da música caiçara, raízes da cultura afro, rock e regionalismos, mesclados numa linguagem de fácil entendimento. O trabalho demonstra claramente o caminho percorrido por Fernando Lobo apresentando diversas visões, percepções e comportamentos que o concretizaram. Músicas (todas de Fernando Lobo): 01 – Filho de Fé // 02 – Candonga // 03 – Tesouro do Céu
CORES DE AIDÊ (Florianópolis / SC) –Com composições, arranjos e coreografias próprias. Mesclando a dança, a percussão e o canto como manifestação da cultura afro-brasileira, sempre com a preocupação em debater o combate às opressões de raça e gênero através da arte, surge as Cores de Aidê. Uma banda formada por mulheres que, desde 2015, usam o palco para se expressar. Em 2018, lançou o seu primeiro álbum, intitulado “Quem é essa mulher?”, projeto contemplado pelo Edital Elisabete Anderle de Incentivo à Cultura, da Fundação Catarinense de Cultura, que aborda o protagonismo feminino em sua diversidade. Membros da banda – Bê Sodré, Carla Luz, Cauane Maia, Cris Fernandes, Dandara Manoela, Fernanda Jerônimo, Laila Dominique, Nattana Marques, Nine Martins, Sarah Massí.
FLÁVIO RENEGADO – Flávio Renegado é natural de Belo Horizonte e foi criado na comunidade do Alto Vera Cruz. Começou a fazer rimas quando ainda era adolescente e aos poucos desenvolveu personalidade própria ao misturar outras referências musicais.
Flávio Renegado e Orquestra Ouro Preto apresentam “Suíte Masai”, álbum que marca o encontro entre o rap e a música erudita com conexões preciosas entre o erudito e o popular, música negra e europeia, sonoridades africanas, brasileiras e caribenhas. Em uma jornada musical que parte da periferia de Belo Horizonte, desbrava as ancestralidades do Quênia e regressa com orquestração impecável, assinada por Marcelo Ramos e regida por Rodrigo Toffolo. A gravação de Suíte Massai reuniu 35 músicos, entre componentes da banda do rapper e membros da orquestra. Além de dezenas de profissionais envolvidos na produção do espetáculo realizado em 04 de agosto de 2018, na comunidade do Alto Vera Cruz, onde Renegado nasceu e hoje mantém seu projeto social Arebeldia, em Belo Horizonte.
Acostumado a navegar por diferentes sonoridades, o inquieto Flávio Renegado enxerga com naturalidade a parceria inédita com uma orquestra. “A troca das batidas eletrônicas por uma orquestra foi um caminho natural para minha música. Do rap ao rock, passando pelo eletrônico, já toco há muito tempo com uma banda. E agora vejo a conexão com a música erudita como um ponto alto de uma trajetória. Especialmente com uma orquestra como a Ouro Preto. Foi muito especial encontrar um grupo de músicos eruditos dispostos a colaborar com a musica popular de maneira aberta, generosa e verdadeira”.
Músicas: 01 – Para Lennon e McCartney (Márcio Borges / Lo Borges / Fernando Brant) // 02 – Black Star (Flávio Renegado) // 03 – Conexão Alto Vera Cruz Havana (Flávio Renegado / Gil Amancio)
O Sul em Cima dessa edição mostra os trabalhos de Boca Livre, Bia Nogueira e Guilherme Franzói.
01 – BOCA LIVRE
Os sofisticados arranjos-vocais-instrumentais sempre foram a marca registrada do Boca Livre. São 41 anos de carreira, 13 discos e a sonoridade continua única e inconfundível. Em atividade desde 1978 e após um hiato de seis anos, o quarteto lançou no final de maio de 2019 um disco de forma independente, “Viola de bem querer”, que está disponível nas principais plataformas digitais e em formato físico.
O Boca Livre é formado atualmente por Zé Renato (voz e violão), Maurício Maestro (voz e baixo), David Tygel (voz e viola de 10 cordas) e Lourenço Baeta (voz, violão e flauta) . Viola de bem querer, com direção musical dos quatro e arranjos vocais de Maurício Maestro, traz um repertório de nove canções, que contam com releituras de clássicos e composições autorais.
“Suor e prazer, palavras que simbolizam, para mim, a chegada desse novo trabalho. Após seis anos sem lançar um álbum, olhamos para nós mesmos, sem compromisso ou regras e tendências do mercado, postura adotada desde o primeiro disco. Estamos reunidos com o que sabemos fazer melhor: cantar um repertório escolhido com o rigor habitual, e que nos inspirou a chegar em um resultado, antes de mais nada, prazeroso”, afirma Zé Renato.
Musicas: 01 – Santa Marina – Lourenço Baeta / Cacaso // 02 – Um Paraíso sem lugar – Geraldo Azevedo / Fausto Nilo // 03 – Amor de Índio – Beto Guedes / Ronaldo Bastos // 04 – Noite – Zé Renato / Joyce Moreno // 05 – Eternidade – Maurício Maestro // 06 – Viola de Bem Querer – Breno Ruiz / Paulo César Pinheiro
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02 -BIA NOGUEIRA – Atriz, cantora e compositora. Diretora musical do espetáculo Madame Satã do Grupo dos Dez. Uma das idealizadoras do Sonora Festival e fundadora do IMuNe.
Plural e diverso como ela própria, o álbum Diversa é, em suas próprias palavras, “o olhar de uma mulher negra que vem se construindo e construindo uma narrativa sobre o mundo percebido através dessa perspectiva”. Com influências que vão da música tradicional afro-brasileira à música eletrônica, ‘Diversa’ conta com oito canções que intercalam composições próprias e também da novíssima cena da música mineira. A diversidade do disco não para em seus múltiplos ritmos, mas também se encontra com outros trabalhos de Bia, que transita entre o teatro e a música. Os elementos cênicos continuam presentes na narrativa do disco e no palco, que retoma esse lado cantora após longa dedicação ao trabalho de teatro musical.
03 – GUILHERME FRANZÓI – é um músico catarinense que tem se dedicado cada vez mais à música autoral. Diversas influências dão origem à sua música. Por isso, Guilherme passeia com tranquilidade pelo Blues, Rock, MPB e POP, mesclando estes ritmos e compondo um som com uma identidade singular.
O músico lança seu primeiro disco intitulado “Hoje é o melhor dia de todos até hoje”, em todas as plataformas digitais. O disco coloca Guilherme como parte do cenário da música autoral catarinense, que tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Nele, o músico se apresenta como um compositor criativo e antenado, que trata das angústias do cotidiano e questiona a maneira com que levamos a vida. Ao mesmo tempo, fala da beleza da simplicidade, sem perder o bom humor. É arrojado e sintético. Certeiro e apaixonado.
Músicas: 01 – O Sol – Guilherme Franzói // 02 – Deixa Amanhecer – Guilherme Franzói / Thiago Furtado // 03 – O Teu Futuro Sou Eu – Guilherme Franzói