O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de THAÍS GULIN, em especial músicas de seus álbuns “THAIS GULIN” e “ôÔÔôôÔôÔ”
Parte 1
Parte 2
THAÍS GULIN Nascida no Paraná, Thaís Gulin desde a infância tomou gosto pela música. Na adolescência, fez curso de canto no Conservatório de Música de Curitiba. Formou-se em Administração de Empresas pela PUC do Paraná. Participou de oficinas de teatro de Geraldo Thomas. Interessada por teatro e música decidiu mudar-se para o Rio de Janeiro para tentar a carreira musical. Conheceu o músico, compositor e produtor Fernando Moura, que se dispôs a ajudá-la na produção de seu primeiro disco. Fez alguns shows até gravar o CD “Thaís Gulin” em 2007, muito bem recebido pela crítica, sendo a cantora considerada uma das grandes revelações musicais do ano pela revista “Rolling Stone Brasil” e a “Folha de São Paulo”.
No ano seguinte, foi indicada ao Prêmio Rival BR de Música Brasileira, na categoria “Cantora Revelação”. Nesse disco, além de duas composições da própria Thaís, aparecem canções de Chico Buarque, Zé Ramalho, Arrigo Barnabé, Zeca Baleiro, Nelson Sargento, Otto e TomZé. As gravações de Thaís foram muito bem recebidas pelos compositores das músicas, que entraram em contato com a cantora, possibilitando a aproximação dela com Zeca Baleiro, Otto, TomZé, Jards Macalé e Chico Buarque, com alguns dos quais Thaís chegou a fazer apresentações. O CD foi lançado no SESC Pompéia, em São Paulo.
Em 2010 participou no programa Som Brasil, em homenagem a Edu Lobo, pela TV Globo. O segundo CD, “ôÔÔôôÔôÔ”, foi lançado em 2011, e conta com músicas inéditas de Tom Zé (“Ali sim Alice”) e Chico Buarque (“Se eu soubesse”), feitas especialmente para Thaís. Em 2013 Thaís gravou a modinha “Até pensei” (Chico Buarque) especialmente para a trilha sonora da novela “Sangue Bom”, da Rede Globo.
Vamos apresentar em O Sul em Cima, as músicas:
01 – LUA CHEIA – TOQUINHO / CHICO BUARQUE 02 – CISCO – CARLOS CAREQA / ZECA BALEIRO 03 – DE BOTECO EM BOTECO – NELSON SARGENTO 04 – GAROTO DE ALUGUEL (TAXI BOY) – ZÉ RAMALHO 05 – CINEMA INCOMPLETO (NÚPCIAS) – ARRIGO BARNABÉ / THAÍS GULIN 06 – HISTÓRIA DE FOGO – OTTO / ALESSANDRA NEGRINI 07 – ôÔÔôôÔôÔ – THAÍS GULIN 08 – ÁGUA – KASSIN 09 – SE EU SOUBESSE – CHICO BUARQUE – Participação especial: CHICO BUARQUE 10 – REVENDO AMIGOS – JARDS MACALÉ / WALY SALOMÃO 11 – CINEMA AMERICANO – RODRIGO BITTENCOURT 12 – ENCANTADA – ADRIANA CALCANHOTTO 13 – ALI SIM, ALICE – TOM ZÉ – Participação especial : TOM ZÉ 14 – LITTLE BOXES – MALVINA REYNOLDS 15 – FREVINHO – THAÍS GULIN / MORENO VELOSO 16 – PAIXÃO PASSIONE – IVAN LINS / RONALDO M. DE SOUZA
O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado ao trabalho de GABRIELLA DI LACCIO, em especial as músicas do álbum BRAVURA , onde a soprano acompanhada pela Orquestra Música Antiqua Clio sob a direção de Fernando Cordella, apresentam um programa eletrizante com árias virtuosas e aberturas de óperas barrocas.
Parte 1
Parte 2
GABRIELLA DI LACCIO
Vencedora do prêmio Air Europa Lukas Award sendo escolhida “Classical Act of the Year” em Londres, Março de 2013; Gabriella Di Laccio, com sua voz de soprano lírico coloratura, vem ganhando cada vez mais espaço no cenário musical. Radicada na Inglaterra desde 2001 a artista foi reconhecida como “uma cantora de talento excepcional” pelo maestro Sir Charles Mackerras.
Gabriella ganhou notoriedade nos últimos anos devido a suas interpretações do repertório virtuosístico de coloratura em especial Vivaldi e Handel. Suas várias apresentações na Europa tem estabelecido Gabriella Di Laccio como uma artista de extrema inteligência musical, dona de uma voz expressiva e cativante presença de palco.
Com um vasto repertório sinfônico, operístico e de música de câmara, Gabriella apresenta-se como solista e membro de diversos grupos abrangendo repertórios do barroco ao contemporâneo marcando presença em renomadas salas de concerto como Wigmore Hall, Purcell Room at Southbank Centre, Megaron Opera House, St. John’s Smith Square, Banqueting House, Whitehall, Théâtre des Variétés Mônaco, Theatro São Pedro entre outros.
Atuou com diversos grupos de música antiga como Amaryllis Consort, Ensemble Florilegium, Il Festino entre outros trabalhando com célebres nomes da música barroca como Dame Emma Kirkby, Michael Chance, Laurence Cummings, Rodolfo Richter e Jean Claude Malgoire.
Pós-graduada no Royal College of Music of London onde recebeu os títulos de Especialista em Música Antiga e Performance em Ópera, Gabriella também foi vencedora de dois concursos na Inglaterra recebendo os prêmios: Peter Pears e Richard III em performance.
Cravista e regente, diretor artístico do Musica Antiqua Clio e da Sociedade Bach Porto Alegre. Vencedor do Prêmio Açorianos 2011 como melhor intérprete da categoria música erudita pelo disco “CRAVOS – de Frescobaldi a Mozart”. Em 2007 recebeu o título honorífico comenda “O Bombeador” pelos relevantes serviços prestados a cultura e comunidade.
Recentemente Cordella recebeu em São Paulo o prêmio TOYP JCI Brasil 2015 como a figura do ano mais expressiva no Brasil da categoria “Exito cultural”.
Vem atuando como solista e cravista de diversas orquestras do Brasil: Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, Camerata Antíqua de Curitiba, Sinfonietta de Belo Horizonte, Orquestra Fundarte, Orquestra de Câmara de Fortaleza – Eleazar de Carvalho, Orquestra Ouro Preto, Orquestra UNISINOS, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica da UCS e Orquestra de Câmara de ULBRA. Sob a direção de Peter van Heyghen, Rodolfo Richter, Luís Otávio Santos, Emmanuele Baldini, Juan Manuel Quintana, Roman Garrioud, Michaela Comberti entre outros.
Entre suas gravações destacam-se o Réquiem de Mozart, gravado com a Orquestra Barroca do 24 Festival de Música Antiga de Juiz de Fora, sob a regência de Luis Otávio Santos; os Concerti per Archi de Vivaldi, com a Orquestra Ouro Preto, sob a regência de Rodrigo Toffolo, e o seu CD de cravo solo “CRAVOS – de Frescobaldi a Mozart”, do selo StudioClio.
MUSICA ANTIQUA CLIO
É um ensemble de música antiga dedicado à performance da música dos séculos XVII e XVIII em instrumentos de época. O objetivo do grupo é recuperar a sonoridade, paixão e energia da música da forma como foi composta pela primeira vez.
O grupo é formado por especialistas em música barroca com reputação internacional que têm como meta comum a criação da música com espírito de pesquisa e consciência histórica. A união do talento e imaginação musical de todos os membros torna cada concerto uma nova experiência, sempre cheia de energia e entusiasmo, unida com uma profunda compreensão da música como teria sido executada originalmente.
ARTE, HISTÓRIA E CELESTIALIDADE NAS ÁRIAS DE BRAVURA
Árias, a busca do etéreo celestial, em sua origem musical no século XVII, air (grafada também aire e ayre): foi com esta palavra que se desenvolveu a expressão máxima da voz humana, nas alturas alcançadas pelas cantoras de voz soprano. Desde a música barroca, o engenho dos compositores explorou esta potência artística, produzindo obras de grande brilho e extraordinária elaboração técnica, destinadas a produzir encanto pleno, na voz de sopranos; são as árias de bravura, que testemunham, portanto, a busca do celestial e virtuosismo artístico expandindo a expressão da arte.
Estas árias de bravura, gravadas com o talento de Gabriela Di Laccio, com o ensemble Musica Antiqua Clio, sob a direção do maestro e cravista Fernando Cordella, sob os auspícios do ministro Fernando Cacciatore de Garcia, no cenário iluminado do StudioClio (em Porto Alegre) e como lançamento do selo Drama Musica, representam soma multissecular e também bastante atual de esforços para o desenvolvimento das artes e da condição humana, e também razão forte para nosso deleite e encanto, pois tudo isto é muito belo.
CD BRAVURA (2016)
Local de Gravação: Solar Coruja, Porto Alegre – nov 2014 / Engenheiro de som: Marcos Abreu / Engenheiro Assistente: Bruno
Bertshinger/ Produtor Musical: Augusto Maurer / Edição: Pedro Figueiredo / Masterização e Mixagem: Marcos Abreu
Produção e realização: StudioClio Instituto de Arte & Humanismo
O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado a obra de DANIEL DREXLER e mostra em especial, as músicas do seu mais recente álbum “UNO”
Parte 1
Parte 2
DANIEL DREXLER
DANIEL DREXLER é cantor e compositor uruguaio, com sete discos editados. Seus primeiros CD’s ‘La Llave en la Puerta’ (1998) e ‘Full Time’ (2001) foram editados em seu país. Com “Vacío” (2006), terceiro disco, Daniel Drexler ultrapassou as fronteiras do Uruguai, com turnês e distribuição do CD na Argentina, Uruguai e Chile. Recebeu a indicação ao Prêmio Gardel 2007 de Melhor Disco Pop e desde então tem realizado importantes turnês na América Latina e Europa. ‘Micromundo’, quarto disco de Daniel foi editado na Espanha, Uruguai e pela primeira vez no Brasil. O CD recebeu destaque na imprensa espanhola e brasileira, integrando a lista dos melhores CD’s do ano nos dois países.
‘Mar Abierto’, quinto CD do artista, foi concebido sob dois signos: o clássico disco Kind of Blue, de Miles Davis, as ideias do pensador polonês Zygmunt Bauman sobre a “modernidade líquida”, com distribuição na Argentina, Uruguai, Brasil e Canadá. Recebeu o Prêmio Gardel de Melhor Disco do Ano de Autor e integrou a lista dos melhores discos de 2013, segundo a crítica na Argentina, Uruguai, Espanha e Brasil. A turnê homônima percorreu mais de sete países em um ano e meio de duração e no Brasil foi apresentada em nove cidades no Sul, Sudeste e Nordeste.
‘Tres Tiempos’, um dvd-livro com a seleção de 13 músicas gravadas ao vivo nos estúdios Ion de Buenos Aires, junto a um livro com o substrato conceitual de seus últimos três discos de estúdio “Vácio”, “Micromundo” e “Mar Abierto”, que foi criado a partir da ideia de que o público vê somente a ponta de um iceberg onde os outros 90% estão abaixo da superfície.
Neste trabalho o artista abriu o seu processo de criação além dos acontecimentos determinantes para criação de cada um dos discos. O DVD-Livro foi editado no Brasil, Argentina e Uruguai chegando a sua segunda edição cinco meses após o lançamento. As músicas do DVD integram as listas as músicas mais executas no Spotify México por três semanas consecutivas, entre destaques em outros países. O projeto foi indicado ao Prêmio Graffiti da Música Uruguai nas categorias de Melhor DVD, Melhor Arte e Melhor Disco Pop Alternativo.
Ao longo de 16 anos de carreira como solista, o artista uruguaio tem realizado turnês em todos os países da América Latina, Europa e México, participado de importantes festivais da América Latina, América Central e Espanha.
Daniel Drexler é o criador do termo “Templadismo” para referir-se a influência geoclimática do sul do continente americano no processo de composição de artistas argentinos, uruguaios e brasileiros sobre a criação e uma atitude criativa aberta, antropofágica e tropicalista. Hoje é um dos três principais artistas uruguaios com maior visibilidade e atuação internacional.
DANIEL DREXLER LANÇA NOVO DISCO DE ESTÚDIO COM 12 MÚSICAS INÉDITAS
Chegou às lojas e plataformas digitais na sexta-feira, 10 de novembro, o novo álbum de estúdio de Daniel Drexler. “UNO”, sétimo disco da carreira, traz 12 faixas inéditas, incluindo os três primeiros singles, em lançamento desde outubro: “Febril Remanso”, “Al Menos un Segundo”, que tem a participação de Marcelo Jeneci, e “Los Peones de la Guerra”.
Com produção musical de Alexandre Kassin, o álbum contou com músicos renomados do Uruguai, Argentina e Brasil, países onde foi gravado, como Marcos Suzano, Davi Moraes, Domenico Lancelloti, Johnny Neves e Martin Ibarpuru, entre outros.
SOBRE “UNO”
Após fechar o ciclo de discos conceituais com o DVD-Livro “Tres Tiempos, onde o artista revisitou as músicas dos CD’s “Vacío”, “Micromundo” e “Mar Abierto”, em seu novo trabalho, Daniel mergulhou no universo percussivo e inicia uma nova fase em sua carreira, disco com maior sonoridade pop.
O processo de criação das músicas de “UNO” aconteceu entre 2015 e 2016, durante a turnê de seu último trabalho “Tres Tiempos”, entre voos, quartos de hotel e camarins de teatro. Ao longo de 12 faixas, das quais 8 são de autoria exclusiva do artista, traz à tona outra faceta do músico. A diferença entre seus discos anteriores, onde a presença da ciência (Daniel Drexler também é médico e pesquisador de formação) e a filosofia tinham forte influência sobre sua criação, em “UNO” vem à tona outra faceta do artista que olha o mundo através de uma dimensão poética, dos pequenos acontecimentos do cotidiano além da sua percepção de mundo e o amor nas atitudes, para além dos relacionamentos afetivos. Estas mudanças é o resultado de um processo pessoal, onde concluiu que o mundo dos afetos, da sensibilidade e das empatias é o realmente vale a pena, mas sem negar os outros planos que completam sua existência.
“As músicas de “UNO” tem uma forte influência do pulso rítmico da minha cidade, Montevidéu. Principalmente a da música de raiz afro-uruguaia, do candombe. Mas, de alguma maneira, as músicas começaram a pedir um tratamento ligado a certa exuberância rítmica e harmônica”, explica Daniel. “Pouco a pouco fui em direção ao norte, a uma cidade que sempre esteve presente em meu universo musical, o Rio de Janeiro. No final o disco termina sendo um ponto de encontro entre a música de raiz afro do Rio da Prata e o universo percussivo e harmônico carioca. Gostei da ideia de percorrer uma ponte imaginária entre Buenos Aires, Montevideo e Rio de Janeiro”, completa.
O resultado deste disco é um salto do artista como compositor e intérprete. A escolha de Alexandre Kassin como produtor do disco aconteceu em função da estética e sonoridade que o artista procurava e que teve a aproximação promovida pelo músico Marcelo Jeneci, quando participou do show de lançamento de “Tres Tiempos”, em São Paulo, no Teatro Paulo Autran. Jeneci disse que, ao escutar as novas músicas de Daniel Drexler, elas tinham a “cara” do produtor carioca.
Mas como o objetivo era encontrar o local onde o pulso sonoro uruguaio se encontrava com o carioca, Daniel Drexler somou ao projeto os coprodutores Matias Cella (argentino, produtor de discos de Kevin Johnasen, Jorge Drexler, entre outros) e os uruguaios Dany López (um dos principais produtores uruguaios, que trabalhou ao lado de Daniel no disco “Mar Abierto”, disco de inéditas de Drexler, vencedor do Prêmio Gardel de Melhor Disco Autoral) e Gonzalo Gutiérrez (produtor com o qual trabalha desde o seu primeiro disco).
Gravado entre outubro de 2016 e março de 2017, nas cidades no Rio de Janeiro, Montevidéu e Buenos Aires, reúne músicos expressivos dos três países. O intuito era o de encontrar a combinação e a potência sonora para cada faixa. Além da participação dos produtores como instrumentistas e do próprio Daniel Drexler (violão, guitarra elétrica e back vocal), o disco conta com participações de Marcos Suzano, Davi Moraes, Marcelo Jeneci com o qual divide a faixa “Al Menos un Segundo”, Leo Reis Danilo Andrade e Domenico Lancelloti (Brasil), Martín Ibarpuru, Johnny Neves, Ana Prada (Uruguai), Alejandro e Maria Laura (Peru), Pablo Grinjot, Marta Roca, Mariano Malamud, Lucas Argomedo (Argentina) e Theon Cross (Inglaterra), entre outros.
Outra novidade encontrada neste disco é a presença de metais, gravados pelos músicos Altair Martins, Marlon Sete e Zé Bigorna, e a utilização de teclados originais da década de 60, 70 e 80, como Mellotron, Hammond, Juno e o piano elétrico Wurlitzer.
“Em relação aos meus trabalhos anteriores, a principal diferença está no protagonismo percussivo na condução das músicas, pois nos anteriores o meu violão era o condutor melódico. O ritmo, o groove e o corpo são os condutores deste trabalho, iniciando desde o processo de composição até a escolha dos músicos e a forma como o disco foi gravado”, conta. É um trabalho que caminha para o universo pop, inclusive nas músicas mais intimistas”, destaca Daniel Drexler.
Em “UNO”, Daniel Drexler expõe os resultados de seu mergulho cada vez mais profundo no universo onde a percussão é o condutor sonoro e a união de elementos sonoros vintage, clássicos (violinos, clarinete e flautas), programações eletrônicas e contemporâneos para criação de seu novo universo sonoro.
A escolha do nome do disco
Além de indicar o início de uma nova fase sonora e de composição em sua carreira, a escolha de “UNO” como faixa título do disco nasceu por ser uma palavra que possui o mesmo significado na língua espanhola e portuguesa. Pela necessidade do artista em acreditar que hoje não é possível criar muros, mas sim pontes para que as pessoas se encontrem. Além disso, traz a ideia de “unicidade”, onde é possível unir diferentes pessoas e elementos, que aparentemente estão separados para criação de algo novo. Por ser o disco onde, segundo o próprio artista, mostra as suas diferentes facetas, um disco: “onde criei e me permiti trabalhar sem nenhuma censura, UNO também é a minha busca de unir a letra com o ritmo”.
O CD “UNO” tem produção artística de Alexandre Kassin, co-produção artística de Dany López, Matías Cella e Gonzalo Gutiérrez. Produção executiva de Diego Coiro Tortorelli, MS2 Produtora e coordenação de projeto de Sandra Narcizo e Diego Coiro, MS2 Produtora. Gravado no Estúdio Marini, Rio de Janeiro.
Vamos apresentar em O SUL EM CIMA as músicas: La Rambla de Montevideo (Daniel Drexler), Febril Remanso (Daniel Drexler / Zelito), Palermitana (Marcelo Cuello / Daniel Drexler), Salvando La Distancia (D.D), Amo (D.D / Zelito), Los Peones de la guerra (D.D), UNO (D.D), Mariposas (D.D), De cada Ocasíon que caí (D.D), Al menos um segundo (D.D – feat. Marcelo Jeneci ), El más laico catequismo (D.D) e Vívida Vida (D.D / Zelito), músicas do álbum “UNO”.
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de Luís Nenung que faz parte das bandas Os The Darma Lóvers e Nenung & Projeto Dragão
Parte 1
Parte 2
NENUNG
Gravado por Paula Toller, Mariana Aydar, Dado Villa-Lobos e celebrado por uma porção de artistas, o cantor e compositor gaúcho Luís Nenung completa 32 anos de atividade artística, uma aventura que começou quando ele cantava na banda A Barata Oriental. Seu trabalho mais conhecido é no “Os The Darma Lóvers”, que Nenung divide com a cantora Irinia. Participa também da banda Nenung & Projeto Dragão.
Em 2010 Nenung se reúne a seu parceiro de longa data, o baixista e produtor TH Heinrich, ao guitarrista Maurício Fuzzo (Locomotores) e ao baterista Rafael criando o Projeto Dragão. É o BigBang de um universo de influências, imagens e poesias com sonoridades básicas lapidados para inspirar o resgate poético da música como rito sonoro, estético e poético.
NENUNG & PROJETO DRAGÃO
Em 2014, a banda lança o álbum SERENOATO. Sobre esse trabalho, ARTHUR DAPIEVE escreveu:
Fogo nos Grilhões
O trabalho de Luís Nenung está para a esmagadora maioria da música pop que se ouve(?) hoje em dia no Brasil e no mundo como a slow food está para a fast food. Demanda não apenas uma velocidade diferente de fruição, mas uma relação inteiramente distinta com a música. É assim na “nave-mãe”, Os The Darma Lóvers, é assim no Projeto Dragão, cujo primeiro trabalho nasce agora, depois de três anos de gestação, com o álbum – e talvez eu devesse grafar ÁLBUM – Serenoato.
Por que ÁLBUM? Nenung me ajuda a explicar. “É um disco completo”, diz. “Faz mais sentido sendo ouvido todo (eu recomendaria no escuro) e não sendo de forma alguma uma sequência de jingles singles como tooodo mundo insiste em enfatizar a respeito da música que larga por aí. Não tou pra fazer singles nem jingles, quero compadrilhar.” As faixas se interligam, tanto na forma – tipo a chuva que começa em A tempestade e avança sobre A cada novo adeus – quanto no conceito: uma maratona aquática contra a corrente contemporânea do materialismo emocional.
Aliás, as faixas de Serenoato se interligam também com o trabalho de Nenung com Irínia, nos The Darma Lóvers. A principal diferença é que o duo dos gaúchos – que criou um culto fidelíssimo também no eixo Rio-São Paulo – pode ser classificado como folk-rock enquanto Nenung e o Projeto Dragão são, definitivamente, uma banda de rock. Uma banda de proporções pink-zeppelianas, eu diria.Além de Nenung e de seus vocais mezzo serenos mezzo desesperados, fazem parte dessa big band Maurício “Fuzzo” Chaise (guitarra), Thiago Heinrich (baixo e baixo), Rafael Bohrer (bateria) e Gustavo Chaise (guitarras e violões). Tocam furiosamente.
A principal semelhança entre o Projeto Dragão e os The Darma Lóvers está, naturalmente, na alta qualidade das letras de Nenung, perpassadas pelos ensinamentos do budismo. Num panorama onde a regra é ser tatibitate, ele tem o que dizer e sabe como dizê-lo, seja com indignação seja com poesia.
Que tal “Na imensidão da manhã/ Meu amor se mudou pra Lua/ Eu quis te ter como sou/ Mas nem por isso ser sua”? Familiar? Claro. Meu amor se mudou para a Lua brilhava em Só nós, disco solo que Paula Toller lançou em 2007. Se lá ouvia-se uma balada soul, em Serenoato a música ressurge como um baladão roqueiro, que conta com vocais da argentina Vika Mora.
Não é só a Paula Toller, do Kid Abelha. Todo o pessoal dos anos 80, acostumado a trabalhar com grandes letristas, reconhece em Nenung um dos bons. Em O passo do colapso (2012), de Dado Villa-Lobos, da Legião Urbana, cinco das 12 músicas tinham Nenung como autor ou co-autor. Em Serenoato, a faixa-título, Dado toca uma prima chinesa da harpa. Moreno Veloso toca violoncelo em A cada novo adeus. Outra argentina, Alejandra Estepa, mais conhecida como Anamoli, canta com Nenung em Houve um tempo. E uma cantora-compositora revelação de Porto Alegre, Carmen Corrêa, participa de Poeta e de O navegador. Isto para citar apenas alguns dos que colaboraram em Serenoato. Assim como nos discos dos The Darma Lóvers, o espírito da produção – feita e mixada por Edo Portugal – foi comunitário.
Comunitária é também a mensagem. Pegue-se, por exemplo, três músicas separadas no álbum, mas unidas no conceito, a raivosa Quem serve a quem, a enojada Maque dia feliz (olha a menção à fast food aí) e a sombria Bebê baleia, dos versos “não chore, bebê baleia/ Sua mãe já vai voltar/ Se os homens que saíram para a pesca/ Não conseguirem lhe pegar”.
É uma terrível canção de ninar. As três expressam um mesmo mal-estar, seja diante das forças de segurança do Estado, do consumismo alimentar ou da matança de outros habitantes do planeta. Faz sentido essa minha leitura? “Olhando daqui é uma sequência de provocações e questionamentos vestidos com poesia, procurando debater a adulteração da palavra e a manipulação da realidade dos fatos com fins egoístas”, avalia Nenung, fã de Who e Clash. “A ignorância monitorada.” Se é assim, o Projeto Dragão cospe fogo para derreter nossos grilhões.
OS THE DARMA LÓVERS
Surgidos em 1998 como uma dupla a partir da colagem de meditação budista + rock´n roll + MPB + psicodelia + tropicalismo & poesia conquistaram rápida e naturalmente seu espaço pela sua sonoridade e temática que vai do amor à impermanência e da alegria à reflexão.
Reconhecidos pela harmonia das composições e das vozes uníssonas de Nenung e Irínia, OTDL já cruzou fronteiras viajando o Brasil de norte a sul e excursionando em 2008 pela França para lançar seu CD “Laranjas do Céu”, que foi eleito pelo Jornal francês Libèration como um dos 10 melhores CDs do ano.
Ao longo de 19 anos de carreira, a dupla já virou banda, já foi dupla novamente e agora atua como trio, além de suas músicas terem sido gravadas por artistas como Paula Toller, Mariana Aydar e Dado Villa-lobos.
Os the DL lançaram em 2013 o CD “Espaço!” com produção de Marcelo 4nazzo, masterizado por Edo Portugal e lançado em parceria com o selo Loop Discos; atualmente navega em resgate constante de sua essência inicial e do que o tempo deixou meio solto por aí por andar acelerado demais ou será que somos nós?
O desafio de sermos humanos nestes tempos de velocidade e mudança incessante traduzidos em música, amor e poesia.
— Os Darma têm uma onda pacífica, de serenidade, com uma poesia que apresenta uma questão e uma possível leitura dela. Já o Projeto Dragão, cuja onda é mais provocativa, apresenta uma questão e deixa isso em aberto para o ouvinte — explica Nenung. O grupo é a soma da vivência de todos os seus integrantes. Somos um todo.
Vamos mostrar em O SUL EM CIMA as músicas: Meu Amor se mudou praLua, A cada novo adeus, Tempestade, O Navegador, Serenoato e Maque DiaFeliz do álbum SERENOATO (2014); Devolva meu Cais, Flores no Zumbi e Meu Coração Livre do EP VAMPIROCRACIA (2016), de Nenung & Projeto Dragão. Vamos ouvir ainda as músicas: Frágil Felicidade, Depoisda Tempestade, 1 Milhão de Anos e Espaço! Do álbum ESPAÇO (2013) de Os the Darma Lóvers .
O SUL EM CIMA dessa edição é dedicado a obra de KECO BRANDÃO, em especial as músicas de seu novo álbum KECO BRANDÃO COM VIDA
Parte 1
Parte 2
KECO BRANDÃO
Keco Brandão é compositor, arranjador, programador, vocalista, instrumentista e produtor musical. Trabalhou como criador, arranjador e produtor musical na produtora de som Lua Nova e na gravadora Lua Music, sob direção do produtor e compositor Thomas Roth. Ali permaneceu por 10 anos.
Em 2005 foi indicado pelo pianista e arranjador César Camargo Mariano para compor a nova banda da cantora Gal Costa, exatamente na época em que Gal completava 60 anos, entrava para o casting da gravadora Trama e saía em turnê nacional para apresentar o show do CD “Hoje”.
Em 2007 ingressou na Rede Record de televisão, contratado como produtor musical exclusivo para a inauguração do novo canal de notícias Record News e para a programação geral da emissora. Nas produções para as novelas, arranjou e produziu para artistas como Zizi Possi, Fafá de Belém, Leila Pinhero, Ângela Ro Ro, Lupa Mabuze, Zé Luíz Mazziotti e Grupo Cantrix.
Sua eclética discografia hoje é composta por 10 CDs: “Tatanka”, no estilo World Music, em homenagem aos índios das três Américas; “Classical’n’Bossa”, uma seleção de 10 obras da música erudita, relidas em ritmo de bossa nova; “Paisagens do Vento”, composições de etnias variadas com o elemento Vento como elo e tônica do trabalho; “Jazz’n’Bossa”, uma seleção de 10 tradicionais standards da canção norte-americana, arranjados sob a estética do estilo bossa nova; a coleção “Música e Natureza”, para fins terapêuticos, composta por 4 CDs (“Passarinhos”, “Baleias e Golfinhos”, “Floresta” e “Cosmos”), em que a música se funde com sons da natureza; “France’n’Bossa”, terceiro volume da série ‘n’Bossa, lançado em 2005 pela gravadora Lua Music e que reúne 13 clássicos da canção francesa, tais como “La Vie En Rose”, “Ne Me Quitte Pas” e “Je T’aime Moi Non Plus”.
Keco já atuou ao lado de importantes nomes da MPB, como Zizi Possi, Jane Duboc, Virgínia Rodrigues, Leila Pinheiro, Toquinho, Toninho Horta, Pedro Mariano, Roberta Miranda, Fábio Junior, Ivan Lins, Jair Rodrigues, Cida Moreira, César Camargo Mariano, Vânia Bastos, grupo vocal Boca Livre, entre outros.
Foi diretor musical do programa Cia. da Musica (CNT/Gazeta), em parceira com o produtor João Marcelo Bôscoli, diretor musical da gravadora Trama, onde criou arranjos para artistas como Milton Nascimento, João Bosco, Luiz Melodia, Elza Soares, Zélia Duncan, Carlos Lyra, Chico César, Flavio Venturini, Roberto Menescal, Baby do Brasil, Daúde, Raul de Souza, Pepeu Gomes, Margareth Menezes, Verônica Sabino, Rosa Passos, Wagner Tiso, Sivuca, Joyce, Cássia Eller, Fátima Guedes, Ná Ozzeti, Itamar Assumpção, entre outros.
Em seus CDs de carreira solo e shows já contou com a participação de músicos e artistas como Marlui Miranda, Mônica Salmaso, Virgínia Rosa, Lula Barboza, grupo vocal IAKIRANA, Simone Guimarães, Teco Cardoso, Amador Longuinni, Guello, Toninho Ferragutti, Sylvinho Mazzucca, Otávio de Moraes, Max Robert, Daniel D’Alcântara, Paulinho Paulelli, Thomas Roth, Proveta, Léa Freire; as cantoras Tatiana Parra, Lucila Novaes, Graça Cunha e Daisy Cordeiro; os violonistas Marcus Teixeira, Conrado Góes, Tuco Marcondes, Dinan Machado e Camilo Carrara; o pianista e clarinetista Jether Garotti; o gaitista Vitor Lopes; os cantores Tito Bahiense, Heitor Branquinho, Lupa Mabuze, Josias Damasceno, Edson Montenegro; os bateristas Pepa D’elia, Eduardo Ribeiro, Sergio Rezze, Celso de Almeida; os cellistas Julio Ortiz, Fabiana Mino e Marisa Silveira, entre outros expressivos nomes da música.
Acompanhou artistas finalistas das edições “Intérprete e Compositor”, do reconhecido Prêmio VISA de Música (supervisionado pelo maestro Nelson Ayres), como a cantora Lucila Novaes e os cantores e compositores Rafael Altério e Cláudio Nucci.
2003 Em 2003 foi produtor, arranjador e diretor musical do álbum “Disco de Ouro”, da cantora Ângela Maria, em comemoração aos 50 anos de carreira da artista.
2007 Em 2007 foi indicado como pianista para acompanhar a apresentação no Teatro Municipal de São Paulo da artista plástica, compositora e viúva do Beatle John Lennon, Yoko Ono.
2008 Em 2008 participou da temporada exclusiva de três meses da cantora Zizi Possi na casa de shows Tom Jazz, em São Paulo. Cada apresentação teve um convidado diferente, entre os quais Alcione, Eduardo Dussek, Alceu Valença, Luíza Possi, Ana Carolina, João Bosco, Ivan Lins, Edu Lobo, Toninho Ferragucci e Roberto Menescal. Seus trabalhos já foram comentados por importantes nomes da publicidade brasileira, como Washington Olivetto, então da W/Brasil, na revista About, e Christina Carvalho e Pinto, da Full Jazz, no jornal Meio e Mensagem.
2009 Em 2009 lança “Collection’n’Bossa”, pela gravadora Lua Music, reunindo em uma única caixa seus 3 CDs da coleção ‘n’Bossa, respectivamente: “Jazz’n’Bossa”, “France’n’Bossa” e “Classical’n’Bossa”. Também passa a integrar o grupo da cantora baiana Virgínia Rodrigues em turnê no Brasil e no Canadá.
2010 Em fevereiro de 2010 apresenta-se ao lado de Virgínia Rodrigues no Place des Arts, em Montreal, no Canadá, durante o festival Montréal en Lumière, onde divide a noite com o grupo cubano Buena Vista Social Club.
Ainda em 2010 lança pela gravadora Lua Music o CD “Paisagens”, em parceria com a empresária Christina Carvalho Pinto e a empresa Conteúdo com Conteúdos. “Paisagens” é um trabalho em estilo World Music que passa por diferentes culturas de quase todos os continentes. Permeado pelos quatro elementos, Terra, Fogo, Ar e Água, é uma homenagem declarada ao planeta Terra e propõe ao ouvinte um mergulho na riqueza e na diversidade sonora do nosso planeta.
Também em 2010 participa como convidado especial da gravação do DVD do cantor Cauby Peixoto, no show “Cauby Sings Sinatra”, acompanhando ao piano o cantor em sua interpretação da canção “Laura”.
2011 Em 2011 é convidado para participar como tecladista e arranjador da gravação do DVD da cantora Luiza Possi no show “Seguir Cantando”, gravado ao vivo na casa de espetáculos City Bank Hall. Ainda em 2011, segue excursionando por todo o Brasil como tecladista da banda de Luiza Possi.
2012 Em 2012 participa do novo show de Zizi Possi, “Tudo se Transformou”, gravado ao vivo na casa de espetáculos Tom Jazz.
2013 Em 2013 é contratado pela editora de obras musicais MJC para prestar assessoria musical na organização e recuperação do acervo das obras feitas exclusivamente para a programação de toda a Rede Record.
2017
No ano de 2017 lança KECO BRANDÃO COM VIDA, CD de canções produzido por Keco Brandão com diversos artistas convidados, entre músicos e intérpretes. Atualmente segue realizando shows pelo Brasil ao lado das cantoras Zizi Possi e Luiza Possi. Também produz jingles e trilhas como free lancer para várias produtoras de som e emissoras de TV.
No programa O SUL EM CIMA com KECO BRANDÃO, vamos apresentar as músicas: En Aranjuez con tu Amor (Joaquin Rodrigo/Alfredo Garcia Segura – voz: Simone Guimarães), Viagem (Rafael Altério / Élio Camalle- voz:Filipe Catto), Pasarero (Carlos Aguirre – Voz: Tatiana Parra), Sweet Bird of Youth (Johnny Alf & Jack Segal – Voz: Sachal Vasandani), Encontro dos Rios (Ivan Lins / Celso Viáfora – Voz: Ivan Lins), A Força (Ivan Lins / Vitor Martins – Voz: Zizi Possi), Filho do Mar (Keco Brandão / Rita Altério – Voz: Simone Guimarães), Emília (Lyle Mays e Pedro Aznar – Voz, piano, teclados e arranjo: Keco Brandão), ParaSempre Nunca Mais (Keco Brandão / Rita Altério – Voz: Sueli Vargas) e Na Contramão (Keco Brandão / Denise Mello – Vocal: Denise Mello) do álbum Keco Brandão Com Vida.
O SUL EM CIMA dessa edição mostra os trabalhos da COMUNIDADE NIN-JITSU e ERICK ENDRES
Parte 1
Parte 2
COMUNIDADE NIN-JITSU
Completando 22 anos em 2017, a Comunidade Nin-Jitsu – formada por Mano Changes (voz), Fredi “Chernobyl” Endres (guitarra, vocais e programações), Nando Endres (baixo e vocais) e Gibão Bertolucci (bateria) nasceu no underground de Porto Alegre e se transformou na banda que mais emplacou hits no sul do Brasil. Desde o primeiro show a banda percorre um caminho de grandes conquistas, prêmios e recordes.
Em 1997, antes mesmo de lançar seu primeiro disco, a banda ganhou prêmio de melhor Demo-Clipe no VMB (Video Music Brasil) da MTV, com a música “Detetive”.
No fim de 1998, após uma turnê pelo subúrbio do Rio de Janeiro, o primeiro álbum – “Broncas Legais” – produzido por Edu K, foi lançado. O estilo inovador da banda conquistou à todos de primeira. Batidas de miami bass com guitarras hard rock era a fórmula que fez com que surgissem dezenas de hits que tomaram conta das rádios e da cabeça da galera. São deste disco os hits “Melô do Analfabeto”, “Rap do Trago”, “Merda de Bar”, “Quero te Levar”, além da faixa “Detetive”.
O segundo disco oficial – “Maicou Douglas Syndrome” – foi produzido por Dudu Marote e lançado nacionalmente pela Sony Music em 2002. Com este CD a banda bateu recordes de hits em um mesmo álbum. Diversas músicas, como “Arrastão do Amor” e “Não Aguento Mais” despontaram, mas foi o clássico “Ah! Eu Tô sem Erva”, que desbancou os Top 20s jabazeiros com pedidos de fãs fiéis, virando grito de guerra nos shows até hoje. No mesmo ano, o quarteto faturou o segundo prêmio VMB/MTV e se apresentou no Free Jazz Project, no RJ. Este segundo álbum afirmou a Comunidade Nin-Jitsu como precursora na mistura de rock com funk carioca, o que acabou influenciando diversos artistas com um estilo que, anos depois, virou sucesso em todo o mundo.
O álbum “Atividade na Laje” de 2008, teve faixas que foram executadas em rádios da Espanha, Portugal e Alemanha, rendendo uma turnê da Comunidade Nin-Jitsu pela Europa.
A cada ano aumenta o currículo com participações nos maiores festivais do país. Quando esteve no palco do Porão do Rock, em Brasília, foi considerada um dos melhores shows, levantou 80 mil pessoas e arrancou elogios da crítica e do público presente. Nos últimos anos esteve pelos principais festivais nacionais e internacionais, tais como Se Rasgum (Pará), Bananada (Goiânia), Casarão (Roraima), 53 HC (Minas Gerais), Rec Beat (Pernambuco), e Planeta Atlântida RS e SC (recorde em participações, 17 edições), entre outros.
Discos lançados : King Kong Diamond (2015), Atividade na Laje (2008), Comunidade no Baile (2005), Aproveite Agora (2003), Maicou Douglas Syndrome (2001), Broncas Legais (1998) e o dvd Ao Vivo no Opinião (2013) – o grupo se mantém fiel às suas origens de fazer uma música bem humorada juntando rock, funk carioca e o que mais puder.
ERICK ENDRES
Quem acompanha a Comunidade Nin-Jitsu sabe que a primeira vez que Erick (filho de Fredi e sobrinho do Nando) subiu no palco foi no memorável Planeta Atlântida de 2005 com apenas 07 anos de idade pra 20 mil pessoas! Alem da participação no DVD do Nin-Jitsu, na abertura do Foo Fighters e em diversos shows da CNJ, ERICK ENDRES vem se dedicando a guitarra, a composição e a pesquisa intensa musical desde seus 05 anos.
Nascido em julho de 1997, Erick Endres lançou o primeiro álbum (Erick) em 2013, quando tinha somente 15 anos. Erick também integra o grupo gaúcho Dis Moi. Para o conterrâneo Edu K, nome lendário do universo musical gaúcho, ele é o “Jack White brasileiro”.
A música sempre foi pilar fundamental para a construção da identidade dos jovens. A partir do momento que eles têm a discoteca do mundo no seu bolso eles passam a absorver todas essas referências e a transitar por elas de maneira livre. Nascido após a revolução digital, Erick Endres é um reflexo das mudanças causadas pelo fácil acesso a informação que a sua geração teve. Lançou o primeiro álbum aos 15 anos pela Sony. Após 3 EPs lançados pela Loop Discos ( Falling, In, A) , chegou o momento de lançar o álbum Mystic Love.
Cada um dos EPs tem quatro faixas, todas compostas e gravadas por Erick. Graças aos sintetizadores e às experimentações incansáveis, o som tem uma pegada mais ácida, mas sem perder a energia e o groove. Comparado muitas vezes a ninguém menos que John Frusciante, o estilo de Erick tem cada vez mais sintonia com o desprendimento de estilos e com o comprometimento em se manter, mesmo que passeando por referências diversas, sempre original. As capas foram criadas pelo artista plástico Acauã Novais.
Mystic Love é a união dos três EPs, mais uma música inédita com participação especial do Renan (Dr. Hank). O álbum, um lançamento Loop Discos, foi disponibilizado nas plataformas de streaming dia 08 de Setembro.
As músicas apresentadas no programa O SUL EM CIMA são: Fazê a Cabeça, Me Faz Bem, Carburou, Aperitivado e Maremoto da Comunidade Nin-Jitsu e as músicas Mystique Goddess Of Simplicity And Love, Não Acredite no Vento (feat. Dr. Hank), Afinal, You Have Lost Your Soul, Moon Path, Icarus e Come On Feel Your Love do álbum Mystic Love de Erick Endres.
O SUL EM CIMA dessa semana é dedicado a obra de VITOR RAMIL, mostrando em especial músicas de seu mais recente trabalho CAMPOS NEUTRAIS
Parte 1:
Parte 2:
VITOR RAMIL Compositor, cantor e escritor, o gaúcho Vitor Ramil começou sua carreira artística ainda adolescente, no começo dos anos 80. Aos 18 anos de idade gravou seu primeiro disco Estrela, Estrela (1981), com a presença de músicos e arranjadores que voltaria a encontrar em trabalhos futuros, como Egberto Gismonti, Wagner Tiso e Luis Avellar, além de participações das cantoras Zizi Possi e Tetê Espíndola.
1984 foi o ano de A paixão de V segundo ele próprio. Com um elenco enorme de importantes músicos brasileiros, este disco experimental e polêmico, produzido por Kleiton e Kledir, proporcionou ao público uma espécie de antevisão dos muitos caminhos que a inquietude levaria Vitor Ramil a percorrer futuramente. Eram 22 canções cuja sonoridade ia da música medieval ao carnaval de rua, de orquestras completas a instrumentos de brinquedo, da eletrônica ao violão milongueiro. As letras misturavam regionalismo, poesia provençal, surrealismo e piadas. Deste disco a grande intérprete argentina Mercedes Sosa gravou a milonga Semeadura.
Nos anos seguintes, Vitor Ramil lançou os álbuns: TANGO (1987), À Beça (1995), Ramilonga (1997), Tambong (2000), Longes (2004), Satolep Sambatown (2007), Délibáb(2010), Foi no Mês de Vem (2013) e Campos Neutrais (2017), seu décimo primeiro disco e o primeiro gravado em Porto Alegre.
CAMPOS NEUTRAIS
Campos Neutrais é o nome do novo álbum e songbook que Vitor Ramil está lançando. É também o nome de uma das quinze canções do repertório. Querem saber de onde vem esse nome?
No Tratado de Santo Ildefonso, assinado no ano de 1777 pelos reinos de Portugal e Espanha, foi definida uma área neutral. Segundo o historiador Tau Golin, tratava-se originalmente de uma faixa-fronteira que atravessava o Rio Grande do Sul no sentido sudeste-noroeste.
Uma linha dessa faixa corria junto às nascentes de rios que corriam para o Rio de la Plata; a outra, junto às nascentes dos rios que corriam para o mar. A primeira delimitava o território pertencente a Espanha; a segunda, o de Portugal. Como o critério não se aplicava à costa, fixou-se como zona neutra a extensa planície que hoje compreende, aproximadamente, os municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, incluindo as lagoas Mirim e Mangueira, as línguas de terra entre elas e a costa do mar.
Segundo o acordo, os espanhóis não passariam os arroios Chuí e São Miguel, ao norte. O limite ao sul para os portugueses seria o arroio Taim – linha reta até o mar. Com os anos, essa espécie de terra sem dono no extremo sul do Brasil viria a se tornar conhecida como os Campos Neutrais.
Os Campos Neutrais, atraindo para si toda a mística dos “espaços neutroz”, conforme definido no Tratado, entraram para a história como uma zona que, nos dizeres de Tau Golin, sofreu “confusa e criativa ocupação”, pois o considerável espaço que, segundo o Tratado, deveria ser de ninguém, transformou-se logo “em atrativo, principalmente para aventureiros de diversas origens, gaudérios, caboclos, sertanejos, e pobres do campo em geral, que nela passaram a transitar, prear o gado alçado, ou a se estabelecer, em contato com grupos indígenas que centenariamente já estavam na região. Nesta intrusão, destacaram-se os gaúchos lusos e castelhanos, e os paulistas”.
Outro historiador, Anselmo F. Amaral, chama atenção para “o acerto que fizeram as autoridades portuguesas e castelhanas quanto aos escravos que nos Campos Neutrais se estabelecessem, fugindo aos maus tratos dos patrões. Deveriam merecer eles proteção das autoridades, tanto do Taim como do Chuí”.
Ainda segundo o autor, os Campos Neutrais também foram lugar de refúgio e atividade para o changador – “homem sem Deus, sem rei e sem lei” – que apesar de ser tido como matreiro, bandido, abigeatário ou contrabandista, é considerado o gaúcho primitivo – filho de espanhóis ou portugueses com as índias -, que “agia sempre atendendo à sua condição de homem telúrico. Sempre só – tão somente ele na imensa pradaria! – estaria, assim, obrigado a adquirir uma concepção infinita de liberdade”.O espírito dos Campos Neutrais e o modo de vida dos primeiros gaúchos – a mítica combinação de vida campeira livre e aventuresca com aversão à autoridade – tinham, portanto, a mais completa afinidade.
Graças à rica mistura humana, ocorrida em grande parte à revelia das determinações oficiais dos reinos envolvidos, os Campos Neutrais tornaram-se emblemáticos da condição de fronteira do Rio Grande do Sul e do temperamento de seu povo. Na geografia, são hoje simbolizados principalmente pela reserva ecológica do Taim e seu entorno. No imaginário contemporâneo, abrigam ideias como liberdade, diversidade humana e linguística, miscigenação, comunhão, criatividade, fantasia e realidade, anti-oficialismo, anti-xenofobismo, inconformismo ou subversão, afirmando-se dessa forma também como uma reserva ecológica cultural.
O ÁLBUM
Foi com a intenção de corresponder a esse significado dos Campos Neutrais que foram reunidas as quinze músicas. O álbum tem três idiomas, português, espanhol e inglês; milongas e canções de muitos acentos e sotaques; parcerias com o paraibano Chico César e o maranhense Zeca Baleiro, com o poeta de Belém do Pará Joãozinho Gomes, com a poeta pelotense Angélica Freitas; música para poema do português Antônio Boto; uma versão para um clássico do norte-americano Bob Dylan, outra para uma canção do galego Xöel Lopez; letras que fazem referência a Satolep, Montevideo, Punta del Diablo, Buenos Aires, Belém do Pará, Barcelona, Londres, Hermenegildo e aos próprios Campos Neutrais; participações vocais dos mesmos Chico e Zeca e de Gutcha Ramil; percussões do argentino Santiago Vazquez; naipe de metais (tuba, trombone, dois trompetes e trompa) do Quinteto Porto Alegre; arranjos de metais do porto-alegrense Vagner Cunha; guitarra elétrica do também porto-alegrense e apanhador só Felipe Zancanaro; violão do buenairense del suburbio Carlos Moscardini. Os demais violões, voz e produção musical são de Vitor Ramil.
O engenheiro de som Moogie Canazio veio dos EUA para comandar as gravações, que aconteceram em Porto Alegre no recém-construído estúdio Audio Porto. O songbook foi feito pelo gaúcho Fabrício Gambogi e a programação visual do disco e do songbook pelo carioca Felipe Taborda. Rica mistura humana! “No ensaio A estética do frio (2003), escrevi que no Rio Grande do Sul não estamos à margem de um centro, mas no centro de uma outra história. Pois antevejo que esse projeto será, artística, cultural, espiritual e geograficamente, minha melhor ilustração dessa ideia”, conta Vitor.
As músicas apresentadas no programa O Sul em Cima são: Stradivarius, Angel Station, Contraposto, Satolep Fields Forever, Campos Neutrais, Labirinto, Isabel, Terra (Tierra), Se eu Fosse Alguém (Cantiga), Palavra Desordem, Duerme Montevideo e Ana (Sara).
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de THEDY CORRÊA, em especial músicas do CD LOOPCÍNIO.
Parte 1
Parte 2
THEDY CORRÊA
Thedy Rodrigues Corrêa Filho (Porto Alegre, 26 de julho de 1963), mais conhecido como Thedy Corrêa, é um músico e escritor, vocalista da banda de rock gaúcha Nenhum de Nós.
Thedy iniciou a carreira com o Nenhum de Nós em meados dos anos 1980, com um grande sucesso: a canção Camila, tida hoje como um clássico do rock brasileiro, que colocou a banda entre as grandes da cena no país. Ao longo de sua carreira, o Nenhum de Nós foi emplacando sucessos como O Astronauta de Mármore (versão do grupo para o sucesso de David Bowie Starman), Eu Caminhava, Extraño, Sobre o Tempo, Ao Meu Redor, Jornais, Diga a Ela, entre outras canções.
Em 2005 lançou Loopcínio onde gravou versões pouco convencionais de obras do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues. As canções receberam melodias eletrônicas, com linguagem pop, moderna e ao mesmo tempo romântica. Tem participação de Sacha Amback.
Em 2006 lançou seu primeiro livro intitulado Bruto, uma reunião de poemas, entre eles letras de algumas canções do Nenhum de Nós com as histórias e circunstâncias que as geraram. Seu segundo livro lançado em 2010 pela L&PM, intitulado “Livro de Astro-Ajuda”, reúne contos e alguns textos publicados em seu blog, o qual recebe o mesmo nome. Além de contar, também, mais sobre o Nenhum de Nós. Histórias tais como a viagem à China, quando a banda foi chamada para se apresentar na Expo Xangai 2010, um dos eventos mais importantes do calendário cultural do mundo. Thedy é torcedor fanático do Internacional, tendo inclusive um blog onde faz comentários quase que diários sobre o seu clube de coração.
LOOPCÍNIO
Thedy Corrêa gravou em 2005 um álbum de releituras para canções de Lupicínio. O disco se chama “Loopcínio” e apresenta as músicas em versões construídas por uma combinação entre melodias eletrônicas, linguagem pop e romantismo.
A ideia de Thedy foi apresentar o repertório clássico de canções como Ela Disse-Me Assim, Esses Moços (Pobres Moços), Se Acaso Você Chegasse e Felicidade, entre outras, para o público jovem, o mesmo que ainda lota shows do Nenhum de Nós ao redor do País.Porém, quando se fala em eletrônica, não é a eletrônica de DJs, de pista, beats acelerados e baticum que recheia Loopcinio. O tom do disco é charmoso, com elementos eletrônicos, batidas leves que desnudam as letras violentamente belas do compositor gaúcho em um clima próximo da bossa. “A ideia era valorizar a palavra”, conta Thedy.
Segundo Thedy, mais de 40 músicas foram selecionadas para o projeto em um primeiro momento. “Na segunda (tesourada) ficaram umas vinte. E até o final havia umas 15, e a gente foi lapidando e escolhendo aquelas que faziam uma história, porque o disco tem começo, meio e fim. As 11 músicas contam uma história. Mas a obra dele é muito vasta”, aponta o cantor, que chegou a estudar a vida de Lupi.
“Li até tese de mestrado falando do Lupicínio”, conta o vocalista, que recebeu o apoio nas programações e na produção de Sacha Amback. O percussionista Ramiro Musotto, o músico Milton Guedes, a cantora Adriana Maciel, o rapper Damien Seth e a filha Stellinha também participam do disco.
O resultado de toda essa combinação é um álbum bonito, que revela – mais uma vez – o grande compositor que foi Lupicínio Rodrigues. Ela Disse-me Assim abre o disco com a voz de Thedy à frente, a letra serpenteando sobre uma cama de teclados e uma percussão leve. Nervos de Aço, uma das canções mais doloridas de Lupi, ganhou um arranjo forte e denso.
“Ela tem uma proposta, uma estética, um conceito, diferentes da versão original. Tem uma justificativa, pra mim, plástica: quando eu pensei no arranjo dela, ela estava muito mais perto de cinema do que de música”, conta Thedy.
Esses Moços (Pobres Moços) combina guitarra, baixo e programações com um rap em francês. “Eu sempre tinha isso na minha cabeça: ‘Quem são esses moços hoje? Quais desses moços eu poderia retratar nesse disco?’. E quando eu fiquei sabendo que o Damien estava lá, eu pensei: ‘Bah, Esses Moços é hip hop, é rap, é música negra’. Então eu peguei um sampler de soul music no saxofone. Fiz uma batida meio r&b, e quando ele entra com aquele rap, em francês ainda por cima, fica só a referência do hip hop. As pessoas não entendem direito, fica aquela coisa meio elegante, meio interessante por ser um rap. Eu queria causar essa sensação”, conta.
Recado Não Aceito, uma das grandes canções do disco, conta com a participação de Adriana Maciel. “Ela é uma amiga minha de muito tempo. Foi visitar o estúdio e eu tinha muita vontade de fazer um dueto nessa canção, que é uma coisa que se fazia muito antigamente, quando a música tinha um discurso que cabia para os dois. Eu canto e ela canta porque a história serve pros dois, essa história de não mandar recado e falar frente a frente”, explica.
Vingança exibe a veia honesta da “poesia” de Lupi. “Eu gostei tanto quando me contaram / Que lhe encontraram bebendo e chorando / Na mesa de um bar”, diz a letra.
Para o meio do álbum, canções suaves como a bela Volta (“Vem viver outra vez ao meu lado / Não consigo dormir sem teu braço / Pois meu corpo está acostumado”, canta Thedy), Cadeira Vazia e Tola, que conta com a harmônica de Milton Guedes. O trecho final do disco começa a se delinear com a clássica Se Acaso Você Chegasse, brasileirísima.
Felicidade abre com a voz de Stellinha, filha de Thedy. “Quando cheguei pra fazer Felicidade – e eu queria muito que ela tivesse no disco – eu estava quebrando a cabeça de como eu iria agregar algum sentido, algum significado novo. Era uma música que já tinha sido gravada tantas vezes, e tão bem gravada”, explica Thedy.
“Então eu ouvia muitas vezes, tocava no violão, mexia na harmonia. Um dia eu estava trabalhando nela no estúdio e a Stellinha estava sentada do meu lado. Quando eu comecei a cantar a música, ela começou a cantar junto. E na hora eu pensei: está aqui. Ela esvaziou completamente o sentido melancólico da música e deu um outro sentido para aquilo que ela estava dizendo. Porque uma criança de 4 anos – na época – cantando “Felicidade foi se embora e a saudade no meu peito” não combina. E ficou legal. E no fim é uma das músicas que as pessoas mais comentam do disco, dizendo que se emocionam muito quando a ouvem. Por isso eu falo do começo, meio e fim do disco. A gente vai conduzindo a um estado emocional que quando chega nessa música é uma paulada que ninguém espera”, comenta.
Sombras fecha o álbum “que me diz o quanto eu já fui feliz”.
Loopcinio não substitui de maneira alguma as obras clássicas do mestre, mas dá uma sacudida no repertório de Lupi e o entrega de bandeja no colo da molecada (e é gostoso de ouvir em dias frios). Fãs de última hora do velho Lupi e puristas vão sair em desagravo ao lançamento. No entanto, Thedy fez um trabalho honesto, em que interpreta com respeito a obra do mestre e entrega um bom disco pop ao público. Thedy foi corajoso na empreitada.
As músicas que vamos apresentar no programa são: Ela Disse-me Assim, Nervos de Aço, Esses Moços, Recado Não Aceito, Vingança, Volta, Cadeira Vazia, Tola, Se Acaso Você Chegasse, Felicidade e Sombras.
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho de MÁRIO BARBARÁ e CHICO SARATT, em especial músicas do CD/DVD Desgarrados.
Parte 1
Parte 2
Mário Barbará e Chico Saratt
O DVD/CD DESGARRADOS vem contar a história musical da parceria de Mário Barbará com Chico Saratt que acontece há mais de 30 anos.
A admiração de Chico Saratt por Mário Barbará foi o ponto de partida para a gravação deste trabalho, gravado dia 17 de fevereiro de 2017 no Gravador Pub, e lançado no dia 30 de junho no Teatro CIEE em Porto Alegre. O DVD tem a direção de Rene Goya Filho, com a direção musical de Paulinho Goulart. A captação foi realizada pelos estúdio Fly audio e a masterização deste trabalho de Marcos Abreu.
A banda que gravou este trabalho tem a formação seguinte: Nos teclados Paulinho Goulart, nos contrabaixos acústico e elétrico, Miguel Tejera, nos violões Matheus Alves, no acordeon Guilherme Goulart, nas guitarras Rafael Schüller e na bateria Marco Michelon. O DVD ainda conta com as participações especiais de Thedy Correia, Hique Gomes, Ernesto Fagundes, Neto Fagundes, Dado Jaeger, Nilton JR, Texo Cabral e Renato Borghetti. A Produção Executiva é de Jaqueline Mielck.
Chico Saratt Começou a carreira de músico no ano de 1982, na cidade de São Borja. Participou de inúmeros festivais nativistas do RS, tendo vencido em inúmeras oportunidades, com destaque para a conquista da Calhandra de Ouro na Califórnia da canção de 1998 (Uruguaiana) e a Moenda da Canção (Santo Antônio da Patrulha por três vezes. Sempre participou ativamente do meio artístico/cultural no Estado do Rio Grande do Sul, especialmente na cidade de Porto Alegre. De 1989 a 1991 fixou residência na Europa, difundindo a música regional gaúcha e brasileira no velho mundo. A partir de 1992 retoma sua carreira no Brasil.
Mario Barbará É um compositor que transformou a música regional na década de 80, com seu grande sucesso “Desgarrados”, em parceria com Sergio Napp. Essa canção, que venceu a Califórnia da canção de Uruguaiana em 1981, foi um marco na história da música regional gaúcha, pois foi a primeira vez, que uma música da linha de projeção folclórica conquistou o prêmio máximo daquele importante festival, “a Calhandra de Ouro”. A partir de 1984, com o crescimento do mercado musical nativista, Mário Barbará passa a dedicar-se preponderantemente a este gênero musical sem, jamais, abandonar outros.
Vamos apresentar no programas O Sul em Cima, as músicas: Era Uma Vez (Mário Barbará e Aparício Silva Rillo) / Roda Canto (M. Barbará e A. S. Rillo) / Campesina (M. Barbará e Sérgio Napp) / Portas do Sonho (M. Barbará e S. Napp) / Retirante (M. Barbará / S. Napp) / Colorada (M. Barbará / A. S. Rillo) / Presságio ( Mário Barbará) / Rua da Minha Infância (M. Barbará e Ubirajara Raffo Constant) / Xote da Amizade (Mário Barbará) / Medo ( M. Barbará e Ildefonso Barbará Dornelles) / Romaria dos Motoqueiros (M. Barbará / Luiz Coronel) / Desgarrados (M. Barbará / Sérgio Napp).
Informações para imprensa e agenda de entrevistas com Rosane Furtado: 51 99588-6434 / 3242-8651
O SUL EM CIMA dessa edição mostra o trabalho da cantora e compositora LARA ROSSATO, em especial músicas de seus álbuns DOCE e MESA PARA DOIS
Parte 1
Parte 2
Lara Rossato
Fazer carreira na música era uma realidade distante para a menina criada em uma área rural. Ainda assim, Lara Rossato subiu ao palco pela primeira vez aos 14 anos. E decidiu que ali seria o seu lugar.
Vinda de uma família que vive no interior de Dom Pedrito, seus primeiros anos escolares foram em uma escola na fronteira com o Uruguay, perto da casa de sua mãe, onde ela ouvia no rádio as canções que tocavam naquele pais. Quando se mudou para a área urbana de Dom Pedrito fez amigos ligados à música e subiu ao palco a convite deles para cantar algumas canções.
“Eu era uma criança livre, criativa, desenhava histórias em quadrinhos, dançava, escrevia poemas. Nunca imaginei que iria me apaixonar pela criação de melodias e letras, nunca achei que tinha voz para cantar…”. “Minha primeira vez em um palco foi aterrorizante, minhas mãos tremiam, eu não sentia minhas pernas, mas ao final da canção o pessoal aplaudiu, acho que gostaram (risos) mas eu apesar do medo, senti que já sabia tudo sobre estar no palco, que era algo meu... – Trechos de entrevista para Rádio FM cultura de Porto Alegre.
Depois de se apresentar em diversos lugares em sua cidade natal e região, Lara mudou-se para Pelotas em 2005 para dar continuidade à sua carreira como cantora e compositora, participando de várias bandas e lançando seu primeiro disco demo intitulado “Doce“, um disco com influências mais roqueiras e pitadas latinas, com todas as letras e músicas de sua autoria. Ela comenta que esse disco foi feito com poucos recursos já que na época também trabalhava e estudava.
Em 2012, mudou-se para Porto Alegre sem conhecer ninguém na capital, mas disposta a investir ainda mais na carreira musical. Enquanto escrevia para seu segundo disco, entrou para o coletivo de compositores ESCUTA – O SOM DO COMPOSITOR (um movimento de artistas que fomentava a cena autoral da cidade). Nesse ano, Lara fez seus primeiros shows na cidade enquanto trabalhava compondo e gravando para produtoras de áudio.
Mesa Para Dois
Em setembro de 2014 “Mesa para dois”foi lançado na web, com uma sonoridade pop e arranjos orgânicos. Produzido por Guilherme Almeida em São Paulo, o disco gerou ótimas críticas na imprensa, mostrando a evolução pessoal e profissional na vida da artista.
“O álbum mostra uma cantora e compositora de personalidade forte, com letras bem construídas, quase todas de temática romântica. Uma das revelações do pop gaúcho” – Juarez Fonseca, crítico musical e colunista do Jornal Zero Hora.
O disco chegou carregado de letras ligadas à relacionamentos e experiências que viveu, com arranjos que misturam o violão acústico com batidas mais dançantes. Além das versáteis canções, sua voz também teve um grande destaque.
“Uma linda e multifacetada voz, que pode sussurrar e ser potente com a mesma consistência, sem falar da capacidade de compor coisas simples e belas que soam quase despretensiosas e por isso mesmo tem personalidade e beleza…” – Fabrício Simões, fotógrafo – Velvet Studio.
“Mesa para Dois valoriza a amplitude da voz de Lara, sem deixar que isso se traduza em mera demonstração de técnica vocal, e capricha nos arranjos. São canções com aquela vocação para serem repetidas sem cansar o ouvinte, pelo contrário, tendem a viciá-lo mais e mais na audição, encantando da faxineira ao gerente da empresa. Música pop feita por quem ouviu muito o estilo, e se dedicou a aprender a fazê-lo.”
– Leo Vinhas, jornalista e escritor no blog Scream and Yell.
O disco “Mesa para dois” ganhou menção honrosa pelo site Embrulhador no Prêmio “Melhores da música Brasileira” em 2015 e em outubro do mesmo ano Lara foi escolhida para representar o Brasil no segundo maior festival da América Latina: o Festival Internacional de la canción de Punta del Este, no Uruguay. Na volta para o Brasil, Lara foi convidada para fazer parte do selo Loop Discos, após Edu Santos (produtor e sócio fundador do selo) assistir um vídeo seu na internet, interpretando “Julho de 2013”, single do seu novo disco.
Em fevereiro de 2016, ela tocou com sua banda no popular bar Opinião em Porto Alegre junto com colegas do selo Loop Discos. Após esse show Lara recebeu vários convites, sendo um deles para tocar no “Sunset Beira Rio” antes do show da banda Rolling Stones. Ainda nesse mesmo ano Lara foi destaque na conceituada revista “Donna” do jornal Zero Hora, sendo indicada como uma das representantes das novas vozes do Rio Grande do sul junto com outras quatro cantoras. Em agosto, ganhou o troféu de melhor intérprete no 6º Festival de música da Juventude de Porto Alegre e foi homenageada em sua cidade natal ganhando o título de Cidadã Ilustre pelos feitos conquistados em sua ainda curta carreira. Em 2017 Lara foi convidada para cantar na Festa Nacional da Música e no 9º Festival de Inverno de Porto Alegre.
Como compositora, Lara Rossato se destaca assinando músicas que fez para vídeos promocionais de grandes marcas nacionais.
Ela também atuou como diretora de fotografia e roteirista em alguns videoclipes próprios e de outros artistas.
Atualmente ela está se preparando para o lançamento de um novo material discográfico sem data prevista.